Que martírio esse ano para a torcida do Fluminense. Até quando parece que as coisas vão dar certo, elas desandam. Num jogo que o Flu ia vencendo o Grêmio de virada por 2 a 1 e inúmeras chances desperdiçadas, o adversário buscou o empate de 2 a 2 no finalzinho com nova participação grosseira da arbitragem comandada por Matheus Candançan, que esticou o jogo até os gremistas terem a possibilidade de igualar. Braitwhaite abriu o placar pro time do Sul, Jhon Arias e Kauã Elias viraram, mas Reinaldo deixou tudo igual cobrando pênalti nos descontos.

Desde o início de jogo, o que se viu foi um Fluminense procurando ficar mais com a bola e agredir. A dificuldade de furar a retranca gremista, porém, era enorme. O Flu tinha o controle da pelota, mas não sabia bem o que fazer com ela. Pra sair algo, tinha de passar pelos pés de Ganso. Os gaúchos tentavam se fechar e sair em contra-ataques. E foi assim que abriram o marcador, quando Aravena recebeu, serviu Reinaldo e o lateral-esquerdo bateu para defesa parcial de Fábio. Braitwhaite, no entanto, estava desmarcado no meio da área e empurrou no barbante.

 
 
 

Atrás no placar, o Fluminense não desanimou e foi em busca do empate. Chegou a ter chance excepcional desperdiçada por Lima. O meia recebeu passe açucarado de Kauã Elias e chutou em cima do goleiro Marchesín. Quando Arias foi servido por Ganso, aí não tinha erro. Bola no cantinho e tudo igual no Maraca.

No segundo tempo a partida mais parecia um ataque contra defesa. Diante de um adversário que não demonstrava qualquer aspiração ofensiva, o Flu adiantou seus jogadores e encurralou o Grêmio lá atrás. Se na etapa inicial o Maestro era quem comandava as ações, agora todo mundo participava dentro de suas características. Até Lima, que havia perdido boa chance na primeira metade do duelo, cresceu de produção.

As chances começaram a aparecer. Arias recebeu novamente de Ganso e obrigou Marchesín a fazer boa defesa. O goleiro espalmou na trave finalização à queima-roupa do colombiano e voltaria a praticar importante invertenção em chute de Kauã Elias, mas quando o centroavante criado em Xerém cabeceou escanteio batido por Lima no cantinho, não deu mais para o guarda-metas gremista evitar o inevitável: 2 a 1 Fluzão.

E dava até pra ter ampliado. Nonato, que entrara no lugar de Ganso, perdeu chance num lindo lançamento de Cano. O “se”, claro, não joga futebol, mas “SE” fosse ao contrário essa jogada e o argentino matador de frente, a história tinha tudo para ser diferente. E como quem não faz leva, no último lance viria o castigo. Numa jogada esquisita, o horroroso time do Grêmio conseguiu um pênalti em saída atabalhoada de Fábio. Reinaldo cobrou e igualou. Resultado injusto e com participação novamente da arbitragem, que levou à loucura Felipe Melo, expulso no banco de reservas e com gestos de que o Fluminense estava sendo roubado. O pênalti até foi, mas o péssimo Matheus Delgado Candançan deu inexplicáveis sete minutos de acréscimos num segundo tempo que nada houve. O famoso: “até empatar”. Na sua conta também, rapaz! Conseguiu o que queria!

O Fluminense jogou com: Fábio, Samuel Xavier, Thiago Silva, Thiago Santos e Diogo Barbosa; Martinelli (Facundo Bernal, 21′ do 2ºT), Lima (John Kennedy, 45′ do 2ºT) e Ganso (Nonato, 33′ do 2ºT); Jhon Arias, Keno (Marquinhos, 45′ do 2ºT) e Kauã Elias (Germán Cano, 33′ do 2ºT).