As transferências de Arthur e Kayky Almeida por valores considerados muito abaixo pela torcida e o empréstimo de Agner foram explicados por Mário Bittencourt. O presidente do Fluminense esclarece que os dois primeiros não convenceram nos treinamentos ocm os profissionais, enquanto Agner não teve oportunidades e pediu para sair.
ARTHUR
– O Arthur foi considerado durante muito tempo uma das maiores expectativas da base do Fluminense. Fizemos um trabalho com ele para vir para o profissional, para se adaptar, quando tinha 17 anos. Ele ultrapassou o sub-20. Teve inúmeras chances aqui no profissional e quando falo inúmeras chances não estou falando que entrou nos jogos. Ficou aqui durante muito tempo, foi visto durante muito tempo e não performou no profissional. Ele volta para o sub-20 e entra na vaga do Agner. Então você tem dois meias (Arthur e Agner) e temos um garoto no sub-17, que é o Riquelme Felipe, pedindo passagem e não tem espaço para todo mundo. Chega um momento que o jogador quer realizar o sonho dele em outro lugar. Ele viu que não iria performar no Fluminense, não teve oportunidade. Acabei de citar o caso do Werton, atacante de lado do Flamengo, utilizado várias vezes pelo Tite e foi vendido para o Leixões por 1 milhão de euros. O atleta sabendo que quando não performa aqui não quer renovar por mais cinco anos. O gestor do profissional e da base se falam e pode ser que um dia um desses jogadores vingue em outro lugar. E por isso que deixamos algum percentual para resguardar. Mas fazemos as vendas porque chega um momento que o atleta quer sair. No caso do Arthur, propomos uma extensão do contrato e empréstimo para o clube de lá e ele nos comunicou que por não ter oportunidade, vaga no time profissional do Fluminense, não queria renovar e esperaria o contrato acabar para buscar oportunidade em outro lugar. Aí o clube faz uma proposta de compra. Ou isso vira zero ou realiza parte do ativo. Tivemos especulações e sondagens pelo Arthur quando ele tinha 16 anos para vender quando completasse 18 de seis vezes o valor pelo qual eu vendi. E na época a base me disse: “Não faça isso porque ele tende a ser grande jogador profissional”. E seguramos. Então, isso vai sempre acontecer.
KAYKY ALMEIDA
– O caso do Kayky Almeida, a mesma coisa. Estava no profissional há um ano com o Fernando Diniz. Teve inúmeras oportunidades no dia a dia de mostrar aquilo que achava que ele podia nos entregar. Não nos entregou. Houve a oportunidade de ir para a Inglaterra jogar num time menor da Inglaterra e tínhamos informações internas que era importante realizar o ativo naquele momento.
AGNER
– O caso do Agner é diferente. Ele está emprestado com opção de compra pelo mesmo motivo. Quando o Arthur desceu e ele foi pro banco, houve o questionamento por parte do atleta que não seria aproveitado no profissional e queria buscar espaço em outro lugar. Buscou esse espaço no Palmeiras, que pediu por empréstimo, botamos opção de compra e pra ficar com 50% do jogador para termos um ativo no futuro. E na minha gestão fizemos cinco ou seis vendas que foram criticadas na época e vamos ver onde esses jogadores estão hoje. Porque ele (Agner) foi emprestado é critério nosso, interno. Ele era reserva do Arthur no sub-20. Não estava performando e não tinha espaço. Os representantes dele conseguiram uma oportunidade no Palmeiras e entendem que lá tem condições de performar. Se acharem que performou, comprarão, senão, ele volta para o sub-20.