O presidente Mário Bittencourt concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira (1). Além do momento ruim ultrapassado pela equipe no Campeonato Brasileiro e dos protestos da torcida, o dirigente foi questionado pelos jornalistas sobre uma série de outros temas.
Um dos assuntos em pauta foi a chegada da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) no Clube. O presidente afirmou que o banco BTG, que trabalha há dois anos na busca de investidores, está no mercado e uma importante fase foi concluída.
– Já concluímos a fase de análise de números do clube, o banco já está no mercado, em contato com investidores, essa conversa tem seu caráter de sigilo contratual, não vou dizer quais são os investidores, de onde são. Deixando muito claro que o modelo de SAF do Fluminense não é 51% x 49%, 70% x 30%, o modelo do Fluminense é um modelo onde o Fluminense não vende o controle, essa é a ideia. As pessoas ficam especulando, dizendo que eu falei que é 51% x 49%, que é 70% x 30%, eu nunca falei isso, porque há possibilidade que seja um modelo onde o Fluminense tenha 100% e o investimento seja realizado de uma outra forma.
Fluminense tem modelo definido
O presidente aproveitou para detalhar o modelo que o Clube está em busca para o futuro. O exemplo mais próximo que o Fluminense utiliza como “inspiração” é o processo pelo qual o Bahia vem passando nas últimas temporadas.
– Para deixar muito claro, no nosso modelo, vamos buscar o saneamento definitivo do clube, para o clube começar do 0. O investidor que vai vir sabe que parte do dinheiro que a gente busca é para, definitivamente, quitar as dívidas do clube, e a outra parte para investir em futebol, e gradativamente, ao longo do tempo, com a dívida acabando, o dinheiro todo investido no futebol, exatamente como faz, que eu considero um modelo de SAF muito inteligente, o do Bahia com o Grupo City, primeiro com o pagamento de dívidas, depois, em longo prazo, o investimento no time de futebol. Está muito claro, vejam que o Bahia montou um bom time, mas não um time gastando mais dinheiro do que fatura, é um crescimento, tem um caminho pela perenidade do Fluminense.
Prazo
Conforme Mario Bittencourt, o Fluminense espera concluir nos próximos meses a operação para, na sequência, colocar o projeto em discussão entre os sócios. A estimativa otimista é que a próxima fase inicie ainda neste ano.
– Acho que até o final de outubro, meados de novembro, a gente já tenha a conclusão técnica dessa operação e, quem sabe até ainda em 2024, a gente já possa, aí a gente vai ter que levar isso para assembleia geral, não é uma decisão do Mario Bittencourt, do Matheus Montenegro, da diretoria, a torcida tem que votar, os sócios-torcedores, sócios-proprietários e contribuintes, para saber, depois que a gente apresentar o modelo, se querem ou não.