Em entrevista ao portal Lancenet, Ricardo Tenório falou sobre o seu retorno ao Fluminense, o convívio com Celso Barros, presidente da Unimed, o planejamento tricolor para a temporada e outros assuntos. Confira aqui a íntegra:
Como foi convite para retornar ao Fluminense?
O convite veio naturalmente pelas conversas que vinha tendo com o Peter. Foi em um momento turbulento. O Fluminense era alvo de ataques injustificáveis, na minha opinião, por causa do episódio do STJD. Não teve participação nenhuma no que ocorreu, zero. Minha chegada foi neste cenário. Na verdade a defesa da instituição é o mais importante. Nós estamos preservando isso e a união entre jogadores, comissão técnica, diretoria, torcida, é algo que defendo bastante.
E como está sua relação com o presidente Peter? Já foi melhor, correto?
Nós divergimos muito pouco. Tanto que começamos juntos em 2006. Em 2009, nos afastamos, mas sem nenhum atrito de filosofia. Era mais um atrito pelo modo que se colocaram algumas coisas no clube. Aconteceram algumas divergências que estão no passado, mas não me arrependo de nada. Foi triste por uma amizade que tínhamos, nossas famílias sempre foram amigas, e que acabou dando uma esfriada, mas agora foi retomada. Estamos unidos pelo bem do Fluminense.
E com o Celso Barros? Como tem sido o convívio?
É de muito respeito pela figura que é o Celso, uma pessoa vitoriosa, tricolor apaixonado e sempre convergimos muito neste sentido. A relação é muito boa. No dia a dia a gente conversa e ele está sempre disposto a ajudar. Não podemos imaginar a gestão do departamento de futebol sem a participação da Unimed visto que o nível de investimento feito por eles justifica essa gestão compartilhada. Convivemos muito bem com isso. Sabemos dividir as responsabilidades.
Acha que ficou sobrecarregado com a saída do Felipe Ximenes?
Hoje, não estou sobrecarregado. Conseguimos nos desenvolver bem. O Fluminense tem três competições pela frente e temos um planejamento sendo feito, patrocinador está conosco, é ano de Copa do Mundo, calendário um pouco mais curto e poderemos trabalhar com calma. Temos um organograma definido no qual fui inserido. Tenho uma função política e uma função executiva.
E o planejamento do clube para a temporada?
Estamos conversando e o planejamento vem sendo feito. Sabemos os contatos que estão sendo feitos, os contratos que estão terminando este ano e algumas conversas sobre renovação já estão ocorrendo. Sabemos as posições que precisamos reforçar. O elenco é forte, de peso, mas sabemos que precisamos ir para um campeonato longo mais ajustado. Em breve teremos alguma coisa para apresentar à torcida.
As penhoras do ano passado atrapalharam o equilíbrio na relação do clube com a patrocinadora?
A situação da Procuradoria nada tem a ver com a relação com a Unimed. Essa situação nos prejudicou e muito. Evidentemente o clube e a instituição ficou com o caixa comprometido. A relação da parceria tem que ser aberta e o Fluminense tem que definir seu orçamento, no qual pode participar e entrar e o que cabe a ele e a Unimed da mesma forma. Cada um com seus interesses claros e cristalinos. É o que fazemos hoje. Não existe essa ingerência como tanto se comenta.
Por falar em Unimed, o Celso foi entusiasta da chegada do Walter. Como percebem a evolução e bom desempenho do atacante?
Fala-se dessa ingerência da Unimed, mas por exemplo, se não fosse o Celso Barros, o Walter não estaria aqui. Gostamos do Walter, sabemos do potencial. Falavam que o Fluminense precisava de um zagueiro. Mas vieram antes o Conca e ele. Sabemos que temos que reforçar a zaga, mas o Walter chegou com a força da Unimed. A gente brinca com o Celso que se não fosse a visão dele, não teríamos o Walter. É importante saber que ele tem esse peso, porque ele é o patrocinador. O Walter é uma alegria pelo desenvolvimento e a forma como se comporta. Esse jogador só tem a dar bons frutos. Esperamos que além do contrato dois anos, que já temos, consigamos desenvolver algo a mais no futuro.