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Em declaração na coletiva desta quarta-feira (26), o agora ex-técnico do Fluminense, Fernando Diniz, falou a respeito do que pode estar acontecendo com o tricolor neste ano de 2024. Para ele, um dos maiores problemas de ganhar algo significativo, é que dá uma catarse geral pra muitos no clube:

– Eu sou frio para ver o que está acontecendo. Imagina o Fluminense com o orçamento que tem. Deve estar entre oitavo e 12º em termos de orçamento de folha. A gente fica em terceiro em 2022 e ganha a Libertadores em 2023, o sonho do clube, momento catártico. Um dos principais problemas é ganhar algo significativo que dá uma catarse geral para todo mundo. Torcida, jogador, funcionário, dirigente. O jogo do Inter para mim foi a final da Libertadores. Foi o mais emblemático de todos. No vestiário teve tanta descarga de energia que não sei se a final fosse próxima, não sei se a gente ia se recompor para fazer a final.. Teve um mês para se recompor e chegar bem para a final. Ano passado a gente estava tão focado, era tanta obsessão pela Libertadores, que a gente não conseguia se conectar para jogar no Brasileiro, parecia que a gente jogava um time no Brasileiro e outro na Libertadores. Quando ganhou a Libertadores, todo mundo queria celebrar. Teve um hiato, que foi no Mundial. A gente teve férias com todo mundo celebrando a Libertadores. Perdeu um mês de férias, voltou 26 de janeiro e tinha em 22 de fevereiro a Recopa contra LDU. Como faz para ter um time competitivo? – disse Diniz, que prosseguiu:

 
 
 

– A gente estreou em uma semana, como iria jogar a Recopa sem ter jogado antes? Isso vai ter impacto. Entre as finais no início do ano, a gente teve que jogar contra o Flamengo. Botamos reservas e perdemos. Para quem quer colocar pressão, diz que não ganha clássico. Em vez de olhar para a grande conquista, bota tudo numa caixa só. Ano passado, o jogo do Botafogo foi depois do Inter. E bota pressão na torcida e bota pressão no time, cria o ambiente que o Mário falou. Lá na altitude mantivemos a posse para não desgastar, tomamos gol no fim e conseguimos reverter aqui. No meio das finais, teve o Botafogo com o time reserva. Aí ganhou a Recopa e pegou o Flamengo de novo. A gente jogou mal mesmo, mas depois da Libertadores e da Recopa. Me exaltei depois e pedi desculpa. Então em fevereiro parecia que estava tudo ruim. De onde vem isso? Aí não teve pré-temporada. O Cano e o Ganso se machucaram e voltamos com dificuldade. Aconteceu tudo isso. Falei que o time estava devendo mas falei para trazer luz e a torcida acreditar – finalizou.