Ao que tudo indica, Fluminense e Flamengo vencerão a concorrência para assumir a gestão do Maracanã pelos próximos 20 anos (a dupla já administra o estádio desde 2019 por meio de Termos de Permissão de Uso – TPU). Nesta quarta-feira, o Governo do Estado do Rio de Janeiro abriu as propostas financeiras dos dois grupos na disputa. Já à frente após as propostas técnicas (cujo peso é 60%), Flu e Fla voltaram a ficar à frente do Consórcio Maracanã Para Todos, formado por Vasco e WTorre, conforme revela o jornal O Globo.
De acordo com a publicação, o valor de outorga (dinheiro a ser pago anualmente ao Estado para administrar o complexo) oferecido pela dupla Fla-Flu foi de R$ 20.060.874,12, contra R$ 20.000.777,28 do Maracanã Para Todos.
O mínimo estabelecido pela Casa Civil do Estado era de R$ 6.132.000,00 anuais. Quem apresentasse a melhor proposta ficaria com 125 pontos, contra 115 da menor. O peso da proposta financeira é de 40%. Isso significa que a pontuação seria multiplicada por 0,4 e somada a da etapa técnica (esta com peso de 60%; ou seja, multiplicada por 0.6). A dupla Fla-Flu chegou aos 120 pontos contra 97 de Vasco/WTorre.
A vitória de Fluminense e Flamengo já era esperada, pois a vantagem aberta na etapa anterior, da proposta técnica, já era impossível de ser ultrapassada independentemente das ofertas financeiras: 117 a 85.
Agora, a oficialização dos vencedores depende de trâmites burocráticos para a publicação no Diário Oficial. O processo ainda prevê prazo de eventuais impugnações.
Tem ainda, lembra o jornal, a possibilidade de judicialização do resultado. O Vasco inclusive chegou a entrar com pedido de mandado de segurança para adiar a abertura dos envelopes, o que não foi aceito. O consórcio do qual faz parte oferecia jogos de Santos e Brusque para chegar ao total exigido de 70 partidas por ano. Por isso, só foram contabilizadas as 34 datas da equipe cruz-maltina. Assim, ficou muito atrás na nota da proposta técnica.
Além do pagamento da outorga, o consórcio vencedor terá obrigatoriamente que entrar com investimentos em obras e intervenções. Entre elas, a da cobertura do Maracanã, que já completará 11 anos desde sua instalação, e o isolamento do complexo Júlio Delamare, que não fará parte da licitação.