Foto: Lucas Merçon - FFC

Em virtude de uma crise financeira, a Paramount, uma das detentoras dos direitos de transmissão da Libertadores e Sul-Americana, tenta se livrar das competições. É o que informa o site F5, da Folha de S. Paulo.

Os torneios estão na empresa desde o ano passado como carro-chefe do streaming Paramount+. O acordo com a Conmebol vai até o fim de 2026. A Paramount tem a segunda escolha de exibição em ambas as competições e tem exibido partidas exclusivas de clubes da Série A do Campeonato Brasileiro como Atlético-MG, Botafogo e Grêmio.

 
 
 

A Paramount vive momento difícil, mas mantém os pagamentos à Conmebol em dia. O problema é que as competições só trazem bom retorno financeiro no Brasil e Argentina. Nos outros países da América do Sul, onde a empresa americana também tem os direitos para mídia aberta, o lucro tem sido muito abaixo do esperado. A arrecadação nos dois principais países não é suficiente para evitar o prejuízo.

Neste sentido, há duas linhas de conversa. A primeira seria devolver os direitos nos países deficitários e ficar só com propriedades das competições no Brasil e Argentina. A segunda, mais tentada pelos executivos, é repassar os direitos a terceiros ou até mesmo devolvê-los à Conmebol, que entregariam os jogos que seriam da Paramount para outro grupo de mídia.

Em 2020, houve algo parecido. A Rede Globo rescindiu o acordo pelos direitos da Libertadores de forma unilateral. No ano seguinte, a emissora fez um acordo e pagou multa para a entidade.

De acordo com balanços divulgados pela própria Paramount para acionistas, o prejuízo do streaming Paramount+ em 2023 foi de US$ 1,6 bilhão (R$ 8,2 bilhões na cotação atual).

Em seu perfil no Twitter, o jornalista Gabriel Vaquer adicionou a informação de que o maior defensor da Libertadores e da Sul-Americana pela Paramount, feita na licitação em maio de 2022, foi o executivo JC Acosta, líder da empresa na América Latina. Em outubro daquele mesmo ano, ele foi demitido.