Na quinta-feira, o Fluminense vai ao Paraguai enfrentar o Cerro Porteño, no La Nueva Olla, pela terceira rodada do Grupo A da Libertadores. Em 2009, as equipes fizeram um embate histórico na semifinal da Sul-Americana. Após o Tricolor vencer fora de casa na ida por 1 a 0, gol de Fred, perdia até o finzinho no Maracanã pelo mesmo placar na volta. Até que Gum, o Guerreiro, empatou mesmo após ter levado uma cotovelada e precisado de uma bandagem no rosto. Nos descontos, ainda daria tempo para Alan marcar o segundo. Em entrevista ao site ge, o ex-zagueiro tricolor recorda aquele jogo marcante.
— Foi um dos jogos mais marcantes para mim por tudo que aconteceu. Faixa na cabeça. Gol. Até ali a torcida gritava Gum, depois virou “Gum Guerreiro”. Depois se tornou Time de Guerreiros – disse, prosseguindo:
— Eu levei uma cotovelada do atacante Nanni, do Cerro, no segundo tempo. Abriu muito o meu supercílio e estava sangrando muito, o sangramento estava sujando muito meu rosto e a camiseta. O juiz pediu para eu sair do campo. Naquele momento a equipe médica estava atendendo o Digão (zagueiro), eu saí, e o Fernando Henrique (goleiro) entrou para me ajudar ali, mas estava difícil estancar o sangue. Depois chegou a equipe médica, tentou estancar o sangue, também não estava conseguindo, pelo fato de ficar muito tempo em campo com o jogador a menos, o Cuca, que era nosso treinador, chegou a falar que ia me tirar do jogo porque não estava conseguindo estancar o sangue, e que não podia ficar mais tempo com o jogador a menos.Naquele momento eu fiquei preocupado porque poderia ter saído do jogo, não estava conseguindo estancar o sangramento. Na época eu falei pro Cuca, “professor, não me tira do jogo, não, pelo amor de Deus”. Aí ele acalmou um pouquinho e falou que ia esperar. O Fernando Henrique me ajudou ali, a equipe médica me ajudou, colocamos uma faixa na cabeça ali, que é uma atadura, e conseguimos estancar o sangue. E eu voltei pro jogo.
Gum lembra que o jogo foi dramático, pois o Cerro Porteño ia conseguindo segurar até os descontos o resultado que levava a decisão para os pênaltis. Foi quando saiu o seu gol.
— O jogo foi dramático, o goleiro deles estava fechando o gol, pegando muitos lances. Mariano, Fred, Conca e muito mais. Enfim, depois de tudo isso, tive a oportunidade de ser abençoado com o gol aos 47 do segundo tempo. Fazer aquele 1 a 1 para dar a classificação para o Fluminense – conta.
Após o apito final, uma verdadeira pancadaria iniciou em campo. Situação essa que Gum já viveu mais de uma vez em jogos do Fluminense nas competições sul-americanas (em 2011, ficou muito marcado pela briga com Escudero ao término de partida fora de casa na Libertadores diante do Argentinos Juniors). O zagueiro admite que nem entendeu como começou o tumulto.
— Eu estava no meio do campo comemorando, virado para o lado da arquibancada. Eu não vi a briga começar. Eu nem cheguei a participar, estava muito longe. Foi tudo muito rápido. Por conta daquele cenário, de termos tirado eles, daquela briga toda, se criou uma rivalidade a mais – falou.