Fernando Henrique entrou para ajudar tricolores na confusão (Foto: Reprodução - TV Globo)

Sorteado para o grupo do Fluminense na Libertadores, o Cerro Porteño (PAR) traz muitas recordações aos tricolores. Afinal, há alguns encontros entre as equipes no passado e um deles terminou com cenas de pancadaria. Foi no dia 18 de novembro de 2009, pela volta da semifinal da Sul-Americana daquele ano. Em entrevista ao site ge, o ex-goleiro do Flu Fernando Henrique recordou como foi.

Na ocasião, o Fluminense havia vencido a ida por 1 a 0 no Paraguai (gol de Fred), mas perdia pelo mesmo placar no Maracanã. Então, conseguiu a virada com Gum e Alan. Fernando Henrique estava na reserva, com Rafael de titular. Porém, do banco, acabou virando uma espécie de auxiliar do técnico Cuca.

 
 
 

— Eu estava no banco de reservas e o Cuquinha, que era o auxiliar e irmão dele (do Cuca), foi expulso. Aí eu fiquei como auxiliar técnico (risos). Aí o Gum teve o corte, tive que ir lá pegar uma camiseta, teve um lance que ele teve que tirar. Aí fiquei como auxiliar, né, ajudando como sempre fiz. Mesmo não jogando, estava sempre ali ajudando – disse Fernando Henrique.

Expulso, Cuquinha precisou deixar o campo, mas passou a mandar instruções por rádio para Fernando Henrique. Ele as repassava a Cuca no gramado.

Curiosamente, foi Fernando Henrique quem enfaixou a cabeça de Gum após levar uma cotovelada, ter grande sangramento e quase ter sido substituído. Após a partida, precisou levar cinco pontos no local.

— Para mim, foi muito gratificante. Naquele ano a gente estava no sufoco, sabíamos das nossas dificuldades. Ali era Sul-Americana, era um campeonato diferente. Mas a gente estava com moral, ganhando jogos ficava com mais moral para tentar se livrar do rebaixamento no Brasileiro. O que eu pude fazer ali, fiz. Não me arrependo de nada – conta Fernando Henrique.

Sobre a confusão especificamente, Fernando Henrique não lembra exatamente como começou, mas explica como ela se desenrolou ainda no gramado do Maracanã após o término da partida que garantiu o Fluminense na final.

— Um dos nossos integrantes passou na frente do banco (do Cerro), acho que eles mexeram e a confusão começou. Vi que meus companheiros estavam em perigo, peguei e fui para cima mesmo, para tentar defendê-los, não deixar ninguém fazer nada com eles. Acho que não era tão velho, tão experiente, mas sempre que tem uma confusão, tento livrar e salvar os meus – explicou Fernando Henrique, acrescentando:

— Na hora do chute… Eu nem lembro de nada. Só lembro de tentar salvar o Diguinho e o Mariano ali na hora. Confusão é confusão. Você está ali em uma briga, não sabe o que vai vir. E aí na ocasião, infelizmente, não me vanglorio disso. Entrei num momento para salvar os meus companheiros mesmo.