A Comissão Especial da Câmara dos Deputados que debate a dívida fiscal de R$ 4 bilhões dos clubes brasileiros mudou o rumo e deve apresentar uma nova proposta ao Projeto de Lei 6753/13, o Proforte. O movito: a exposição de dois especialistas a respeito do assunto: os consultores Amir Somoggi e Fernando Ferreira, da Pluri Consultoria.
O paulistano Somoggi, com base nos balanços oficiais dos clubes de 2013, detectou que foram pegos em empréstimos com juros no ano passado R$ 300 milhões. A maior parte deste valor é para a contratação de jogadores e também pagamento de compromissos com a Justiça do Trabalho.
– O proforte resolverá estes problemas? O mercado do futebol deve se preparar para andar com as próprias pernas e para isso é preciso um modelo de gestão profissional. Caso contrário, daqui a dez anos estaremos novamente debatendo como o governo poderá ajudar o futebol – explicou.
Já Ferreira falou sobre a baixa média de público em jogos no país em 2013 (4.771 torcedores), além do calendário ruim, a baixa qualidade das partidas, queda na revelação de talentos, violência nos estádio etc.
Ambos foram aplaudidos pelos deputados. Romário e o próprio relator do Proforte, o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) admitiram que do projeto só deve sobrar o nome e haver uma proposta como uma “lei de responsabilidade fiscal do futebol, com contrapartidas claras para os clubes beneficiados”.