Cria de Xerém, Marcelo não poderia projetar um melhor retorno ao Fluminense. Campeão carioca logo no início da segunda passagem e, agora, uma das peças importantes na inédita conquista da Libertadores. Multicampeão na Europa, onde defendeu por muito tempo o Real Madrid (ESP), o lateral-esquerdo revelou a emoção pelo momento vivido e a gratidão pelo seu clube formador.
— Esperei muito por esse momento também. Queria muito voltar pro Fluminense. Fiquei muito pouco tempo. Foram seis meses. Tive uma vida fora. Gostaria muito de voltar e as coisas foram desenrolando, até conversarmos com o Mário. Estava muito longe. Ganhamos uma final maravilhosa no Maracanã, histórica. Não tinha como pensar naquele momento. Voltamos pro Fluminense. Anunciamos sem ninguém saber, foi uma porrada pros torcedores, apresentação no Maracanã. Desde o primeiro dia, só alegria. Como era lá: acordava e pensava: “sou do Real Madrid”. Aqui, acordo e às vezes não acredito também. É incrível – disse ao Charla Podcast, complementando:
— Não tinha como pensar no tamanho, na proporção que tomou. Dois dias atrás estávamos comemorando no Centro da Cidade, todo mundo chorando. Fico muito feliz de fazer parte da história do Fluminense, não só ganhando. Sou cria de Xerém. Às vezes me pergunto se mereço tudo isso que vivi na vida. Joguei num clube gigante, ganhei muitas coisas. Aí volto pro meu clube de coração. Morei em Xerém. Vivi isso aí. Cheguei com uns 12 anos no salão. Foi tudo muito rápido. Com 17 estava no profissional, com 18 fui pra seleção, fiz um gol. Eu achava que estava devendo pro clube isso. Não tem Libertadores que vá pagar o que o Fluminense fez por mim. É agradecimento eterno. Podemos ganhar cinco Libertadores, mas não vai pagar esse agradecimento real que eu tenho pelo Fluminense.