Cria das bases do Avaí e do Internacional (começou no clube catarinense e seguiu para o gaúcho), o ex-jogador André Moritz nunca escondeu o amor pelo Fluminense. E tal paixão quase abreviou sua passagem nas categorias inferiores do Colorado, justamente o adversário do Tricolor na semifinal da Libertadores. Em entrevista à ESPN, o ex-meia revelou uma gafe cometida por ele durante a sua juventude nos corredores do Inter.
À época jogador do Internacional, a então promessa admite ter cantado o hino do Fluminense por lá. Se não tivesse moral por ser o capitão do time, poderia até mesmo ter sido dispensado.
— Se eu não fosse um dos destaques naquela época do time, se não fosse o capitão do time, provavelmente ia dar ruim para mim. Eu estava cantando o hino do Fluminense, batucando e cantando o hino dentro do vestiário do Inter. Só que sem desrespeitar ninguém. A gente estava cantando o hino do Internacional, começaram a batucar e eu comecei a cantar o hino do Fluminense. Os caras falaram: Chumbinho está vindo aí. O Chumbinho foi um cara sensacional na minha carreira também, que era o nosso diretor de futebol da base – falou, prosseguindo:
— Ele desceu, entrou no vestiário, e eu estava cantando o hino, cara. E ele me olhou assim. Eu olhei para ele, tive que ir lá pedir perdão e falar para ele que não tinha nada a ver, que foi um negócio de momento ali, cantando, brincando e tal. No momento, lógico, foi completamente desrespeitoso. Nunca pensei que uma rivalidade de Fluminense e Internacional fosse alguma coisa ruim, mas é lógico que um clube do tamanho que é o Internacional, é um clube que ganhou tudo, cantar um hino de outro clube, com certeza foi um negócio desrespeitoso. Cheguei a pensar que eu ia ser mandado embora. Eu acho que se não fosse a faixa de capitão, eu ia estar a caminho de Florianópolis, com certeza.
André Moritz fez 18 jogos com um gol e duas assistências pelo Fluminense entre 2006 e 2007. Seu único gol, porém, foi importantíssimo. Em meio a uma campanha irregular, o Tricolor bateu o Santa Cruz, no Arruda, de virada por 2 a 1, na penúltima rodada. Foi ele quem marcou o segundo do Flu naquela partida, evitando as chances de rebaixamento. Em 2007, veio a recompensa. Fez parte do elenco campeão da Copa do Brasil.