Se antes a questão estava restrita a torcedores, agora o clube pode se envolver. Vice-presidente jurídico da Portuguesa, Orlando Cordeiro de Barros está disposto a tudo para tentar uma virada de mesa no Campeonato Brasileiro e tenta convencer o restante da diretoria paulista a brigar na Justiça Comum para manter a Lusa na Primeira Divisão.
– Eu estou convencendo o restante da direção da Portuguesa a entrar na Justiça Comum. Espero que até o fim de janeiro, eu consiga. O clube foi forçado a se posicionar desta maneira. A Portuguesa vem recebendo facadas no seu pulmão. Se é para acabar com a Portuguesa, que acabem com um tiro de 12 (arma que causa grandes estragos). Se fosse com um clube como Corinthians, Flamengo ou Fluminense, isso não estaria acontecendo – disse.
O dirigente não se intimida nem mesmo com a ameaça de punição de entidades superiores, já que a Fifa e a CBF não costumam tolerar que seus afiliados resolvam as situações fora da esfera esportiva.
– Não há por que temermos ninguém, nem FPF, Fifa ou CBF. Nós vivemos em um Estado soberano, democrático. Implanta-se um terrorismo, como se fosse proibido buscar o seu direito em um país democrático. O único regime de exceção que a gente tem visto é no futebol. Nem na política partidária isso está acontecendo. Pessoas graúdas da política foram punidas pelo Superior Tribunal de Justiça e foram parar na Papuda (prisão onde estão os políticos condenados no Mensalão) – afirmou.
Vale lembrar que a Portuguesa perdeu quatro pontos no Campeonato Brasileiro por conta da escalação irregular de Héverton na última rodada, conforme estava previsto no regulamento assinado por todos os participantes da competição, inclusive a própria Lusa. Nas duas instâncias no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o clube foi derrotado por unanimidade.