Lenny diz que tudo mudou quando fez golaço contra o Cruzeiro
Lenny diz que tudo mudou quando fez golaço contra o Cruzeiro

Hoje no Sorocaba-SP, clube pelo qual atuará no Campeonato Paulista, Lenny busca reviver seus melhores momentos na carreira. Depois de despontar no Fluminense, o atacante entende que não teve a blindagem necessária no início de sua carreira. Para ele, tudo começou a mudar após jogo contra o Cruzeiro pela ida das quartas de final da Copa do Brasil de 2006, quando o Tricolor venceu por 3 a 2 no Mineirão com um golaço seu, no qual driblou vários adversários e finalizou com um belo toque no ângulo.

– Mudou em vários aspectos. Eu passei a ser o cara que ia resolver todos os jogos. Todo jogo eu teria que driblar todo mundo e fazer os gols. Depois da parada para a Copa, o time foi muito mal. Hoje em dia, você blinda o moleque novo e joga a responsabilidade para os mais velhos. Quem dá entrevista é o cara mais velho. Naquela época, não tinha esse aparato de assessoria. Não tinha esse pensamento com a joia do clube. O time foi mal, eu caía mais ainda. Com aquele peso da cobrança era ainda pior. Hoje, no Fluminense, o garoto vai mal, mas falam do Fred. O Wellington Nem ia bem em todos os jogos? Não. Mas quando ia mal, falavam dos mais experientes. São esses aspectos que não aconteceram comigo. Eu tinha 17 anos. Depois da ‘Era Neymar’, o pensamento com o jovem jogador mudou. O caso dele mudou a forma de trabalhar dos clubes – disse.

 
 
 

Lenny reconhece que a pressão e o peso no Fluminense foram sentidos por ele.

– Eu senti o peso da responsabilidade de um Fluminense. E eu não sou como o Neymar, por exemplo, que é amado. Sou diferente. Não sou daqueles caras que têm 200 amigos. Sou mais fechado. O Neymar acho que tem quatro melhores amigos. Eu tenho um e olhe lá. Acho que isso ajuda. Esperava um abraço maior. Estava lá há dez anos. Hoje tenho uma cabeça diferente. Claro que me faltou experiência, mas todo mundo precisa de um suporte. Principalmente quando se é jovem. Por tudo que eu fiz no tempo em que fiquei no Fluminense, acho que poderiam ter feito um pouco mais por mim. Acabou o ano de 2006, contrataram jogadores. Eu ainda tinha resquícios de não ter terminado bem o ano. Um exemplo: Neymar terminou mal 2009, mas começou 2010 voando. Tudo isso porque ele teve um suporte. Eu tinha 18 anos, era um garotão. Perdi espaço – lamenta.


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