Os gols de Samuel Xavier no jogo de ida e volta das oitavas de final da Libertadores, diante do Argentinos Juniors, viraram argumento para quem defende a sua convocação para a seleção brasileira. O maior porta-voz foi o volante Felipe Melo, que afirmou que ele “está entre os melhores da posição” e pediu uma oportunidade ao companheiro. Mas será que o sonho pode se tornar realidade?
A CBF divulgou que a data da primeira convocação de Fernando Diniz à frente da seleção brasileira será no dia 18 de agosto, para os dois primeiros compromissos pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo 2026. Antes disso, o GE ouviu comentaristas do Grupo Globo para saber a opinião deles a respeito.
Pedro Moreno
– O Samuel Xavier realmente vem demonstrando uma boa regularidade no Fluminense. São duas temporadas de bom rendimento no Tricolor, sendo um jogador muito relevante na equipe de Diniz, atual técnico da seleção. Principalmente diante da escassez de jogadores para a posição (Daniel Alves foi convocado para a ultima Copa), acho que é um atleta interessante de ser testado, visando o ciclo de maneira geral. É um jogador de muita força, potencia, apoia com qualidade e tem velocidade para recompor. Acho que é um jogador interessante de ser observado, independentemente do técnico da seleção, hoje, ser o mesmo do Fluminense.
Rodrigo Coutinho
– Oportunidade acho que pode ter. Mas sinceramente não o vejo como o lateral-direito da seleção ao longo do ciclo. Acredito que jogadores que podem ter relevância na seleção precisam estar num nível competitivo mais alto que o do Campeonato Brasileiro e da Libertadores. Mais próximos do nível de futebol que se joga na Copa do Mundo”
Conrado Santana
– Eu não convocaria o Samuel Xavier, apesar da ótima fase vivida pelo lateral do Fluminense. O Samuel já tem 33 anos, mas além da idade, entendo que temos melhores jogadores na posição. Eu convocaria Danilo e Vanderson para a lateral-direita”
Carlos Eduardo Mansur
– Não se trata de desqualificar um atleta que vem jogando bem e merece ser elogiado por isso. Mas eu não faria, a esta altura do ciclo da seleção, uma aposta num lateral que chegaria com 36 anos ao Mundial. Acho mais aconselhável, neste momento, dar oportunidade a nomes mais jovens que estão tendo experiência em mercados competitivos da Europa, como Vanderson e Arthur, por exemplo. Por outro lado, este tipo de debate é mais uma das implicações que reforçam a incompatibilidade do acúmulo de cargos entre clube e seleção. Porque qualquer jogador que se destaque no Fluminense será especulado em convocações. Assim como qualquer eventual convocação de jogador do Fluminense será atribuída à relação próxima com Diniz.