Foi mais sofrido do que deveria. Na tarde deste sábado, o Fluminense enfrentou um Santos fraquinho que só, mas suou para vencer por 1 a 0 a partida válida pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Maracanã. Germán Cano, sempre ele, salvou a pátria num jogo em que o Tricolor flertou perigosamente com o tropeço. Leo Fernández chegou a desperdiçar cobrança de pênalti ainda no primeiro tempo. O argentino resolveu já na parte final.
Diante de um adversário que abdicou de jogar, o Fluminense, mesmo com um mistão formado por Diniz pensando no compromisso de terça-feira pela Libertadores, tomou conta das ações. A partida, diga-se, começou tensa com fraco árbitro Rodrigo José Pereira Lima aplicando cartão amarelo a torto e a direito em toda falta que o Flu cometia (em menos de 20 minutos, já tinha amarelado Nino, Marlon e André – antes do intervalo também apenaria Leo Fernández).
Ainda assim, o Tricolor conseguiu se impor na base de velocidade e movimentação pelos lados. Teve a chance de abrir o marcador quando Jhon Arias foi derrubado na área e o pênalti marcado. Aí aconteceu algo que vem virando uma moda para lá de irritante no Fluminense. Os melhores batedores raramente ficam responsáveis pela cobrança. Com Ganso poupado no banco, a opção natural era o próprio Arias, que tem bom aproveitamento. Mas não… Como num time de várzea, o recém-chegado Leo Fernández passou a mão na bola e parou nas mãos do goleiro João Paulo. Inaceitável.
Como o Santos não apresentava volume ofensivo, Diniz voltou pro segundo tempo com Lima no lugar de Marlon, deslocando André para a zaga. O Flu, porém, não deslanchou. Aí o técnico tentou as entradas de Ganso e Keno nos lugares de Fernández e Yony, respectivamente. Vale citar que, pouco antes de deixar o campo, o atacante colombiano quase teve o pé quebrado pelo lateral-esquerdo Dodô, que já tinha amarelo, e o péssimo árbitro, super rigoroso nas punições a jogadores tricolores na etapa inicial, dessa vez se omitiu de expulsar. Vergonha.
O tempo foi passando e o Fluminense parece ter sentido a ansiedade. Empatar no Maracanã contra um dos rebaixáveis era para lá de vergonhoso. Como sempre, Ganso, Arias e Keno eram os que mais tentavam algo de diferente. Faltava, no entanto, inspiração para acertar aquela jogada mais incisiva.
Quando parecia que o tropeço era inevitável, entrou em ação a dupla que já cansou de dar alegrias aos tricolores: “Canarias”. Jhon Arias achou cruzamento rasteiro e Germán Cano entrou como uma bala no meio dos zagueiros para empurrar a bola na rede. Alívio no Maraca. Agora, o foco é a Libertadores. Na terça, o Flu vai a Buenos Aires enfrentar o Argentinos Juniors pela ida das oitavas de final.
O Fluminense jogou com: Fábio, Samuel Xavier, Nino, Marlon (Lima, intervalo) e Diogo Barbosa; André, Martinelli (David Braz, 36′ do 2ºT) e Leo Fernández (Ganso, 13′ do 2ºT); Jhon Arias, Yony González (Keno, 13′ do 2ºT) e Germán Cano.