(Foto: Marcelo Gonçalves - FFC)

Por intermédio de seu canal no YouTube, o Raiz Tricolor, o jornalista Gabriel Amaral noticiou que o clima anda pesado nos bastidores do Fluminense. E Marcelo, fora há longo tempo por lesão, teve papel determinante nisso.

De acordo com Amaral, Marcelo acredita ter voltado ao Fluminense só para disputar os maiores jogos. No entanto, a comissão técnica comandada por Fernando Diniz gosta de ter todos os atletas disponíveis sempre e isso, claro, vale também para o lateral-esquerdo. A cultura é que “sem sacrifício não vem vitória”. Tal método, inclusive, já gera questionamentos da comissão permanente do clube.

 
 
 

Com a sequência pesada de jogos, o Fluminense também passou a conviver com uma série de lesões. Insatisfeito, Marcelo fez algumas reclamações internas que não foram bem recebidas pelo grupo. Algumas das ponderações do astro respingaram até em Nilton Petrone, o Filé, coordenador do departamento de fisioterapia e visto como referência no assunto.

Felipe Petrone, filho do Filé, que estava há quase nove anos no clube e era visto como o sucessor do pai, inclusive deixou o Fluminense para trabalhar como gestor de saúde e performance de jogadores em Minas Gerais. Nilton Petrone, muito querido por todos no Tricolor, já cogita até uma aposentadoria no fim do ano.

Com tudo isso acontecendo, Marcelo acabou ficando isolado no grupo. Visto como um “popstar” por muitos, tem maior proximidade com os jovens que subiram recentemente das divisões de base e o veem como ídolo. Os demais jogadores estão do lado da comissão técnica.

A eliminação para o Flamengo nas oitavas de final da Copa Betano do Brasil gerou ecos internos no Fluminense. Após ver repercussão em redes sociais de que teria pipocado, Marcelo cobrou veementemente do departamento de futebol, inclusive do diretor-executivo Paulo Angioni, que se fosse divulgado que ele de fato tinha uma lesão na panturrilha, o que ocorreu posteriormente (a divulgação).

Divulgações de lesões, vale lembrar, é uma espécie de “tabu” no Fluminense. O caso recente de Matheus Ferraz é um bom exemplo, pois o clube tentou segurar a informação de que o experiente zagueiro tinha um grave problema (precisou passar por cirurgia).

Por mais que Marcelo esteja um pouco isolado, os demais jogadores também defendem uma rotação maior. O lateral-esquerdo, por exemplo, não aprovou o fato de ter sido colocado em partidas contra Cuiabá e Paysandu, no Maracanã, pois vai de encontro a sua intenção de atuar nas partidas de maior importância. Ainda segundo Amaral, ninguém gostou também de ver o capitão Nino, não poupado no jogo contra o Goiás, sair com um problema e perder sua primeira convocação para a seleção principal.

Nesse clima quente, o Fluminense vai a campo no sábado, contra o Bahia, no Maracanã, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. Uma vitória pode amenizar e, claro, recolocar a alegria de volta aos tricolores.

Outra informação divulgada por Amaral em seu vídeo foi que no dia a dia mesmo no clube se pode notar a tensão. Poucos sorrisos são registrados quando as atividades se encerram. E um fato é que não tem havido entrevistas coletivas no CT Carlos Castilho. As atividades são realizadas e nada mais.