Por Marcos Vinicius Cabral
Fluminense e Flamengo decidem pela 13° vez o Campeonato Carioca. O clássico está marcado para o próximo domingo (09), às 18h (horário de Brasília), no Maracanã. O Tricolor precisa vencer por diferença de dois gols para conduzir a decisão para os pênaltis ou marcar três vezes para sagrar-se campeão e levar o 33° troféu às Laranjeiras. Apesar de muitos flamenguistas acreditarem “no já ganhou”, uma torcedora em especial crê que o time de Fernando Diniz vai dar a volta por cima: trata-se de Yone Salles da Silva Pereira, de 99 anos, moradora do Pita, em São Gonçalo, e fã de Fred.
– Minha avó acredita que o Fluminense vai ser campeão. Ela vai assistir a partida como sempre faz. Disso, não abre mão. Certa vez, no Brasileiro de 2014, família toda reunida para comemorar o aniversário de bodas de diamante do casamento dela, tivemos que esperar o Fla-Flu acabar para cantar parabéns (risos). Inclusive nesse jogo, o Flu venceu por 2 a 0 e Fred, a paixão dela, fez um gol. Sobre a decisão de domingo, tenho certeza que, apesar do resultado ser difícil, para ela é possível sim. Tomara que o Tricolor não nos decepcione e alegre o coração de dona Yone – contou o neto e jornalista José Jorge Júnior, com exclusividade ao NETFLU.
Yone, no entanto, prestes a completar 99 anos no dia 19 de julho, ou seja, dois dias antes do aniversário do clube, que é 21 de julho, continua amando o Fluminense acima de todas as coisas. Mas o sonho mesmo é conhecer Fred, segundo maior artilheiro da história do Tricolor. Quem conta essa paixão é Diogo Cescon, engenheiro de 32 anos, morador da Tijuca, Zona Norte do Rio, outro neto da nonagenária.
– O Fred é uma referência para os tricolores. E com a minha avó não seria diferente, pois essa paixão dela com o nosso ídolo começou naquele 2009, ano em que ele marcou gols importantes que nos livraram do rebaixamento – lembrou.
Segundo ele, a história começou quando o Fluminense ganhou o Campeonato Carioca de 2012 e em seguida o Brasileiro. À época, Yone era um “menina” de 87 anos. O tempo passou, o camisa 9 tricolor vestiu outras camisas do futebol brasileiro como a do Atlético-MG, do Cruzeiro e alcançou números impressionantes no clube antes de se aposentar em 2022.
Diogo relembrou também que ele e a avó Yone não deixaram de apoiar o Fluminense em um momento difícil como foi a disputa da Série C, em 1999. O engenheiro acrescenta que os dois foram em quase todos os jogos no Maracanã. Segundo ele, ter virado tricolor foi a melhor coisa que aconteceu na vida. E isso ocorreu após ter ouvido histórias boas e curiosas sobre a nonagenária.
– Ela é uma figuraça. Lembro de causos incríveis vividos ao lado dela, como nos jogos da série C, em 1999, em que ficávamos ouvindo e sofrendo pelo radinho de pilha. Cada gol era uma festa nossa. Mas quando ela era mais nova e morava em Neves, segundo meu pai, ela tinha como hábito, ficar abraçada ao poste em dias de jogos e só saía quando o jogo terminava com a vitória do Fluminense – contou aos risos.