O “pente fino” da CBF sobre práticas discriminatórias nas partidas não se restringe apenas aos casos de racismo. Com um alcance mais amplo do que o anunciado inicialmente, o artigo 134 do Regulamento Geral de Competições fala de ofensas “em razão de raça, cor, etnia, procedência nacional ou social, sexo, gênero, deficiência, orientação sexual, idioma, religião, opinião política, fortuna, nascimento ou qualquer outra forma de discriminação que afronte a dignidade humana”.
Dentro destes ataques, os direcionados a mulheres e a comunidade LGBTQIAP+ também são cada vez mais comuns no futebol brasileiro. Foram, inclusive, pauta de julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nos últimos anos.
– Esse é um grande passo para o combate efetivo a diversas formas de discriminação no futebol. Em especial racismo e LGBTfobia. No caso específico do combate a LGBTfobia, isso ajudará no movimento de inclusão dessa comunidade que hoje ainda se sente excluída, além de diversos agentes e atletas que precisam esconder a sua sexualidade por medo de violências e discriminação — avaliou Onã Ruda, fundador do coletivo de torcidas Canarinhos LGBTQ.