A diretoria do Fluminense vem difundindo há pouco mais dois anos a ideia de restauração do estádio Manoel Schwartz, nas Laranjeiras. O intuito principal do projeto é que o Tricolor possa disputar partidas de pequeno porte por lá. Além disso, o local também será usado pelas categorias de base e futebol feminino, como é hoje em dia, e para shows.
Inicialmente, imaginava-se que jogos do time profissional poderiam ser sediados no local já nesta temporada. O planejamento mudou para 2024. Contudo, nada em torno do tema ainda é certo, conforme apuração do NETFLU. Nem o dirigente mais otimista espera, de fato, ver o Time de Guerreiros atuando nas Laranjeiras no Carioca da próxima temporada, apesar da promessa do presidente Mário Bittencourt.
É importante frisar que o projeto de revitalização está pronto para que o estádio possa receber pequenos jogos e para se tornar “a melhor arena de shows” do Rio de Janeiro. Fora isso, vai ser usado para divisões de base, futebol feminino, como já ocorre hoje em dia. O objetivo é que os profissionais atuem de quatro a cinco jogos do Estadual num ano.
O Fluminense já consultou todos os órgãos competentes e sabe que existe o tombamento de área vermelha, que é o tombamento municipal, estadual e federal. Por esse motivo, não pode derrubar e fazer um estádio novo. A ideia é restaurar e buscar uma forma para rentabilizá-lo.
A última vez que o Tricolor jogou em seu estádio foi no dia 26 de janeiro de 2003. Na ocasião, o Fluminense, pelo Estadual, empatou em 3 a 3 com o Americano. Os gols do Flu foram marcados por Fábio Bala (2) e Carlos Alberto, em cobrança de pênalti.
Em 2019, o grupo Laranjeiras XXI, composto por sócios, conselheiros e torcedores do Fluminense, apresentou o projeto de reforma do Estádio Presidente Manoel Schwartz, em Laranjeiras. A revitalização da sede histórica do Fluminense sempre fora tratada como uma prioridade pelo grupo, que pedia – e teve – apoio de candidatos à presidência naquele momento, sobretudo Mário Bittencourt, que acabou sendo eleito.
A ideia era viabilizar o estádio para 15 mil pessoas, diminuindo os custos em jogos com demandas pequenos, utilizando o Maracanã somente em partidas com maior apelo. Entretanto, depois de eleito, numa decisão que surpreendeu a quase todos, o presidente Mário Bittencourt preferiu seguir uma ideia diferente, descartando o combinado.
Responsáveis pelo projeto, Caíque Pereira, Diogo Bueno, Gustavo Marins, Nardo Gutlerner, Nestor Bessa, Ricardo Lafayette e Sergio Poggi ressaltaram, em sua criação, que a iniciativa não tinha fins políticos e colocaram o seu trabalho à disposição de todos os concorrentes ao pleito no Tricolor, quatro anos atrás. Mário abraçou a ideia e depois ignorou todos os membros dos quais prometera fidelidade em torno do tema.