(Foto: Leonardo Brasil/FFC)

A relação umbilical entre Flamengo e Fluminense é de conhecimento geral. Nascido após uma ruptura entre atletas do Tricolor no início do Século XX, o rival parece estar sempre em busca da memória do “pai”. A sinalização disto fica ainda mais clara quando se observa o atual time profissional da Gávea, comandado pelo técnico português, Vitor Pereira: bebem insaciavelmente da água de Xerém.

Para se ter ideia, na primeira rodada, o Flamengo colocou em campo exatamente a mesma quantidade de atletas formados na base tricolor que o Fluminense. Enquanto que do lado preto e vermelho o lateral-esquerdo Ayrton Lucas, o meia Gerson e os atacantes Marinho e Pedro estiveram presentes no jogo de estreia do Carioca, o Time de Guerreiros colocou o lateral-direito Calegari, os volantes André e Martinelli e o atacante Alan em campo, diante do Resende.

 
 
 

Na segunda rodada do Carioca, ante ao Nova Iguaçu, quando escalou diversas peças diferentes e relacionou jovens de destaque na Copinha, o técnico Fernando Diniz voltou a usar quatro pratas da casa: o goleiro Pedro Rangel, o meia Isaac e os atacantes Caio Paulista e Alan. Paralelo a isto, para esta noite, frente ao Madureira, as mesmas quatro peças de Xerém foram relacionados pelo Rubro-Negro.

E este número poderia ter sido maior. O Flamengo tentou, recentemente, a contratação do volante Wendel, do Zenit, da Rússia, via empréstimo. Outro nome que fora especulado, mas em menor escala, fora o do zagueiro Thiago Silva, com passagem em Xerém e ídolo da torcida tricolor.

Se por um lado o tema demonstra a força das categorias inferiores do Fluminense como celeiro de promissores jovens, por outro mostra a fragilidade financeira. Tanto Gerson, como Pedro e Ayrton Luccas foram jovens promessas vendidas à Europa, que não vingaram no velho continente e foram repatriados pelo Flamengo. A exceção foi Marinho, que deixou clube das Laranjeiras após imbróglio por renovação no ano de 2008.