A Band exibirá os jogos do Campeonato Carioca (exceto os que Vasco e Botafogo forem mandantes) em TV aberta. Até aí, todo mundo já sabe. Informa em sua coluna no site Uol o jornalista Rodrigo Mattos que a emissora não pagou pela compra dos direitos de transmissão do Estadual.
Segundo o colunista, o acordo de transmissão envolve divisão publicitária entre a Band e a Brax Assets, empresa contratada pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) para a cessão dos direitos. Não há pagamento de um valor fixo. O risco fica com a Braz, que terá de pagar R$ 61 milhões a clubes e Ferj.
Tal modelo foi realizado depois de concorrentes como SBT e Record desistirem do negócio por conta das saídas de Vasco e Botafogo da mesa. A Globo já havia se desinteressado antes. Na TV fechada, a Bandsports passará um total de 50 partidas.
Na questão da TV aberta, a solução foi acertar um pacote de divisão da receita publicitária com a Band. Com as transmissões, a emissora e a Brax poderão negociar quatro cotas publicitárias, além de dividir outras propagandas.
Avalia a Brax que é viável obter receita significativa em virtude dos bons índices do Carioca. Por isso, a empresa está satisfeita com o modelo.
Vale lembrar, a título de cvomparação, que a Record no último ano pagou R$ 15 milhões para transmitir o Carioca. A Brax Assets tem uma vantagem de já negociar placas na Copa do Brasil e em boa parte do país. Nestas competições, conta principalmente com patrocínios de empresas de apostas, como Betano (patrocinadora master do Fluminense), Pixbet e Futebol Fácil.
Como existe também um entendimento de que será difícil para a Braz gerar R$ 61 milhões nesse modelo, a ideia é arrecadar para ter o fluxo e quitar os compromissos com os clubes, mesmo com o risco de prejuízo num primeiro momento. O contrato com Fluminense e Flamengo prevê pagamentos parcelados pela compra dos direitos. A empresa fechou por mais dois anos.
Pelo acordo, o Flamengo terá direito a um pagamento garantido de R$ 21 milhões, enquanto o Fluminense ficou com R$ 14 milhões. Os oito clubes de menor investimentos dividirão R$ 20 milhões.