Daniel Cravo, advogado que representa o Internacional há 15 anos, acredita na condenação da Portuguesa. Na visão dele, a Lusa infringiu a norma e qualquer atenuante, neste caso, deve ser ignorada.
– Seguindo a linha da jurisprudência que vem sendo aplicada, há uma tendência de punição. Uma excelente argumentação jurídica pode levar o processo para um caminho. Pode haver com um fato novo, que ainda não conhecemos, apresentado no julgamento. É muito difícil fazer um prognóstico – afirmou o advogado, entendendo que a absolvição de Portuguesa e Flamengo seria uma injustiça com a maioria dos clubes que cumpriram o regulamento:
– Eu sou advogado do Internacional há 15 anos. Tivemos jogadores punidos por dois jogos e cumprimos. É um desequilíbrio técnico. Não pode permitir que um clube, com um jogador punido por dois jogos, cumpra apenas um. Se houve um equívoco, uma falha de comunicação, a gente lamenta – disse, rechaçando uma das teses da Lusa:
– Nós costumamos comunicar por e-mail, formalmente. Mas a falha de comunicação não é um argumento jurídico. Senão é muito simples. Também não precisa haver intimação. Há muito tempo não é assim. Todos sabem que o atleta suspenso na sexta não pode jogar no sábado e no domingo. Seria um contrassenso, porque o atleta punido na quinta não jogaria e o punido na sexta jogaria. Todos sabem que é assim e passou a ser dessa forma porque alguns clubes desligavam o fax para não serem notificados.