Em 2020, o Fluminense perdeu de graça o promissor Evanison para a Tombense, do empresário Eduardo Uram. Muito criticado na ocasião, o diretor de futebol, Paulo Angioni, admitiu que não conhecia o jogador, mesmo já trabalhando na mesma função que exerce atualmente. De acordo com o dirigente, o projeto sub-23 também foi criado para evitar algo semelhante. Ele explicou:
– O jogador eu particularmente nem conhecia pelo distanciamento. Naquela época, havia um distanciamento que hoje não existe. Por várias vezes a gente solicitou jogadores para preencher o treinamento aqui e nunca veio o Evanilson. E ele passou três anos aqui. Isso nós hoje evitamos, a coisa está muito mais ajustada. Por exemplo, o Evanilson tinha contrato até 20 anos. Hoje em dia, mesmo o cara que tem 20 anos tem contrato aqui por causa do sub-23, eles já fazem um contrato mais longo. Ele vai estourar a idade, mas vai ter ainda onde jogar. E indo bem a gente já procura uma renovação mais consistente. Agora mesmo o Marcos Pedro, que é o lateral-esquerdo, nós alongamos o contrato dele para 2025. Tendo esse processo, não tem chance de acontecer de novo (“caso Evanilson”) porque a gente já antecipadamente vê que o menino está maturando e antecipa uma renovação.
Em janeiro deste ano, Paulo Angioni contou ter chorado pela situação de Evanilson, mas disse não ser o culpado. Em agosto de 2020, já havia garantido que casos como esse não irão se repetir. Evanilson foi vendido pela Tombense ao Porto (POR) por 7,5 milhões de euros (R$ 40 milhões na cotação da época). O Fluminense ficou com R$ 13,5 milhões referente a 10% do atacante, mas com a taxa vitrine (20%) vai ficar com 30%, vai levar cerca de R$ 13,5 milhões do negócio.