De olho no futuro do Fluminense, três dos quatro pré-candidatos da eleição do Fluminense para o triênio 2023-2025 se reuniram na noite da última segunda-feira, em um edifício na Praia de Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro. O encontro foi o primeiro passo para uma possível coalisão contra Mário Bittencourt, atual presidente do Fluminense. Paralelo a isso, discussões sobre a entrada numa SAF, que seguiam antes, continuaram durante e permanecem depois do evento.
O NETFLU apurou que os players da oposição, Ademar Arrais, Marcelo Souto e Rafael Rolim, entendem que a SAF é uma forma de gestão do Departamento de Futebol, que possui vantagens, como a entrada de um volume de recursos que permitirá estruturar financeiramente o futebol do clube, assim como agrega uma gestão mais profissional, focada em resultados, com responsabilização dos gestores, que são nomeados pelos acionistas/investidores e blinda o futebol das interferências de outros grupos do clube Fluminense.
Porém, para uma definição adequada do modelo de SAF a ser adotado, é preciso um processo que se inicie por uma auditoria que demonstre a real situação do clube, tanto das suas receitas quanto dívidas, uma análise do patrimônio existente e definição de quais serão as fontes de receitas e patrimônio do Fluminense incluídos, tal qual as dívidas e compromissos, para poder fazer a avaliação do valor real. Isso também inclui avaliação do potencial de captação de recursos com torcedores, aumento da base de sócios, potencial da marca, valorização do patrimônio e de venda dos atletas formados na base.
O portal número 1 da torcida tricolor descobriu ainda que entendem que cabe discutir qual é a proposta do investidor quanto a resultados desportivos, ou seja, quais as metas e objetivos. Por outro lado, quais as salvaguardas e cláusulas de saída que possam proteger o clube em caso de má gestão, para evitar que a instituição sofra danos irreversíveis. Outro tema em pauta na oposição é qual percentual do Tricolor que será vendido, afinal, há SAFs com relação de 90%, 70%, 50% ou 30% para o investidor, e ainda outras em que parte do clube é vendida em bolsa ou em oferta aos sócios. Para isso tudo, é preciso definir um conselho de administração que irá organizar e acompanhar os interesses do clube na SAF.
Se eleitos, já imaginando a formação de uma chapa única, esse processo deverá ser realizado por uma comissão juridicamente constituída por representantes do clube devidamente qualificados e acompanhada de uma devida prestação de contas aos conselheiros e sócios, buscando conversar com os possíveis investidores, analisando as diversas propostas para identificar a mais adequada aos interesses do clube, que será submetida à aprovação dos sócios por meio de uma Assembleia Geral.