Mário Bittencourt teve de responder a respeito da promessa não cumprida de sua campanha anterior (Foto: Paulo Brito - NETFLU)

Em evento de lançamento da sua candidatura à reeleição do Fluminense para o próximo triênio (2023-24-25), Mário Bittencourt foi questionado sobre o fato de não ter implementado o voto online, promessa de sua campanha anterior. O presidente reafirmou que gostaria possibilitar a votação remota para facilitar aos associados de fora do Rio de Janeiro, mas não será possível por questão estatutária.

– Era um desejo nosso a implementação. A gente montou uma comissão interna para estudar o Estatuto do clube, contratamos um parecer de um grande nome que foi do Ministério Público. Inclusive, implementou as eleições online no MP. E esse parecer deixou muito claro aquilo que já imaginávamos: para fazer, há necessidade de mudança do Estatuto e das regras eleitorais. A prova é que um dos pré-candidatos entrou com uma ação na Justiça contra o Conselho Deliberativo do clube e a decisão de mérito desse processo foi dizendo o mesmo do nosso parecer. Então, para implementar isso, vamos precisar mudar o Estatuto como um todo – iniciou, prosseguindo:

 
 
 

– Para isso é necessário fazer uma constituinte, inclusive para mudar outras coisas caso a gente ganhe a eleição: mudar as regras de governança, responsabilização de dirigentes etc. E aí o voto online poderia entrar nessa mudança estatutária para o futuro. A gente respeitou as ações judiciais que foram movidas, e as decisões foram todas que a implementação neste momento infringiria o Estatuto. O que temos de proposta agora? No próximo triênio, caso vençamos a eleição, modificar o Estatuto e fazer a implementação, mas com regras próprias para uma instituição privada associativa, que é um clube de futebol.

Em sua defesa, Mário Bittencourt destacou o fato do Fluminense permitir o voto da categoria Sócio Futebol, algo que não acontece nos demais grandes do Rio de Janeiro. Na visão do presidente, o Tricolor é o clube mais democrático da cidade.

— Uma coisa que ninguém fala é que o Fluminense é o clube mais democrático do Rio de Janeiro. É o único do Rio de Janeiro que o sócio-torcedor vota. É o único dos quatro do Rio de Janeiro é o único que seu sócio de arquibancada pode escolher presidente. E isso ninguém fala. As pessoas ficam se atentando a uma única questão, usando de maneira política, esquecendo que nossa eleição vai ter muito mais votante que os outros três e Palmeiras e São Paulo, por exemplo, que não vai ter votação do Sócio Futebol. Aqui, Grêmio, Internacional, por exemplo, têm votação do Sócio Futebol. A grande maioria dos sócios do Fluminense está no Rio de Janeiro. Vai ser divulgado com antecedência de um mês, tem edital. No futuro, a ideia é sim, alterando o Estatuto, inserir mais essa opção de voto do torcedor – finalizou a respeito do assunto.