Fluminense foi derrotado em seus três últimos jogos (Foto: Mailson Santana - FFC)

Pela primeira vez, desde que Fernando Diniz voltou ao Fluminense, o Tricolor perde três jogos seguidos. E não é por acaso. O desempenho, que vinha caindo gradativamente nas últimas semanas, começa a ser afetado diretamente pela forma de trabalhar do treinador. Sem poupar nenhum atleta ao longo da caminhada, é mais um time treinado por ele a chegar na hora de decidir no limite das forças mentais e físicas.

Depois de três jogos, o treinador pôde escalar novamente sua dupla de zaga titular. Samuel Xavier foi mais um a retornar, assim como Caio Paulista reassumiu a lateral-esquerda. Nathan ficou no banco e Matheus Martins voltou a ser titular. Sem Raul Cáceres, Vagner Mancini improvisou Luan Patrick na lateral-direita. Aloísio e Lucas Kal foram desfalques. Alê jogou mais recuado em uma escalação bem ofensiva.

 
 
 

O 1º tempo foi um verdadeiro atropelo do Coelho. Marcou a saída de bola do Fluminense com agressividade e organização, foi intenso e corajoso ao retomá-la, colocou muitos jogadores dentro da área rival e levou vantagem em jogadas combinadas pelos lados. A combinação gerou nada menos que nove boas ações ofensivas aos mineiros antes do intervalo, e dois gols foram marcados.

Juninho aproveitou boa trama de Marlon e Felipe Azevedo pela esquerda para abrir o placar aos quatro minutos. Meia hora depois, foi a vez de Matheusinho acertar um lindo chute em rebote de escanteio e vencer Fábio. O arqueiro tricolor evitou pelo menos mais dois tentos dos visitantes.

Além de uma marcação frouxa e desconcentrada, o que expunha constantemente a linha defensiva a duelos individuais contra atacantes mais rápidos, o Fluminense não conseguia apresentar energia para se mexer e gerar linhas de passe desde a retaguarda, o que causava erros e até mesmo um sufocamento por parte do América. Um time totalmente desorganizado e no limite mental e físico foi visto.

Manoel e Caio Paulista eram os principais alvos da torcida. De fato, estavam mal, mas não eram os únicos. É difícil encontrar, entre os jogadores de linha, alguém que possa ser apontado com uma atuação digna.

Os dois foram sacados no intervalo, assim como o apagado Matheus Martins. Calegari entrou na lateral-esquerda, André foi recuado para a zaga e Nathan compôs o meio. Willian Bigode formou no ataque. O time ganhou novo ânimo e cresceu. Nathan, que entrou bem novamente, quase marcou um lindo gol antes dos dez minutos. Cavichioli fez grande defesa. Martinelli e German Cano também assustaram.

O problema é que o América seguia incomodando nos contra-ataques. Everaldo e Felipe Azevedo chegaram muito perto de marcar o terceiro gol. No fim, os apupos da torcida sobraram também para Fernando Diniz, que sacou Ganso para a entrada de Marrony. O viés tricolor é de queda em um momento definição do destino da equipe. O Coelho parece cada vez mais capaz de chegar na Pré-Libertadores de novo.