Foto: Marcelo Gonçalves/FFC

O estilo de jogo do Fluminense é único, sobretudo em função do técnico Fernando Diniz. Em entrevista ao programa “Bem Amigos”, do canal Sportv, no início da semana, ele falou a respeito da eliminação do clube na Copa do Brasil, após perder por 3 a 0, fora de casa, para o Corinthians.

Entendendo que muitas análises são resultadistas, sem observar o todo, o comandante tricolor foi taxativo ao criticar determinadas análises sobre o confronto da semana passada.

 
 
 

– Uma coisa muito importante de falar é o seguinte: quando perdemos o jogo contra o Corinthians, para justificar o resultado, começam a fazer um monte de incoerência. Hoje é um dia para falar “o Diniz não poupa jogador e os caras estão desgastados fisicamente, então não conseguem render”. Tem lógicas que precisamos ser um pouco mais profundos e ter mais responsabilidade naquilo que falamos, porque o resultado do jogo não é o balizador para tudo, mas sim para decidir quem passa para a final e quem ganha os três pontos. Hoje, nós terminamos o jogo jogando, correndo, defendendo e sabendo defender. Mas se perde, começariam as ilações de que o time está cansado. O que é verdade não pode deixar de ser verdade porque o time ganhou ou perdeu. Se alguém sustenta isso como verdade, hoje tem que falar: “Fluminense não poupa jogador, o time está cansado, não jogou. Tem que ter responsabilidade, senão fica igual vento, não tem posição para nada e fica balançando conforme o resultado. Esse é um problema sério do Campeonato Brasileiro. Não conseguimos reconhecer o que é bom, mas sim quem ganha e quem perde. Se você ganha, é bom, se perde, é ruim. Isso passa para o torcedor de alguma forma. Hoje tinha que estar cheio de tricolor naquela parte do estádio. Na quinta nós jogamos melhor que o Corinthians na maior parte do jogo. Tira os gols e analisa o jogo. Os caras tiveram mérito de marcar bem e criar chances, mas o time não jogou mal. Jogamos contra um time que tem o orçamento três vezes maior que o nosso. Poderíamos fazer 3 a 0 aqui e não fizemos. Temos que fazer essas coisas para as pessoas entenderem mais o futebol e não ficar só no “ganhou tá bom e perdeu tá ruim”.