Encarada por muitos torcedores como a única chance de rivalizar com o presidente Mário Bittencourt, a possível chapa formada pelo ex-vice de projetos sociais do Fluminense, o empresário Pedro Antônio, responsável pela construção do centro de treinamentos do clube, ao lado do advogado e Subprocurador-Geral do Estado do Rio de Janeiro, Rafael Rolim, pode não sair do papel, apurou o NETFLU.
O milionário, que vive em Portugal, participará nesta noite de uma live do influenciador Marcelo Jorand no youtube, onde dará mais detalhes sobre o caso e falará a respeito de uma provável desistência, que ainda não fora sacramentada internamente entre seus pares. Pedro Antônio é visto como a principal voz da oposição, dada sua popularidade entre os torcedores. Procurado pelo NETFLU para se manifestar em torno do tema, PA preferiu o silêncio.
– Desculpe-me, mas não vou falar – restringiu-se a dizer.
A ideia inicial da chapa era ter Rafael Rolim como o cabeça e Pedro Antônio como vice-geral. O primeiro chegou a participar do último processo político na chapa de Ricardo Tenório, quando o mesmo rompeu com Mário Bittencourt e Celso Barros. Ele seria vice-presidente jurídico. Também procurado pelo NETFLU, questionado se a chapa estava fechada entre ele Pedro Antônio, Rolim desconversou.
– Nada certo sobre isso. Vamos aguardar a live do Pedro – resumiu.
Antes mesmo de qualquer anúncio, se questionava o motivo da falta de posicionamento oficial do ex-dirigente tricolor. Estudos internos apontavam que o melhor seria lançar a candidatura, caso ocorresse, perto do pleito eleitoral, para evitar desgaste da imagem, uma vez que ele gozava de simpatia por parte dos sócios. Nesse período, ao lado de Rolim, Pedro Antônio encaminhou um estudo, sob a tutela do advogado e ex-candidato à presidência do Flu, Pedro Trengrouse, para avaliar os melhores caminhos de uma SAF para o Fluminense. Depois de feito e muitas reuniões e conversas, pensando tanto o lado pessoal como a vida pública de PA, o magnata deve optar por não seguir.
Ex-dono do Banana Golf, Pedro Antonio foi exonerado do Fluminense no dia 28 de julho de 2017. O então presidente Pedro Abad não gostou de o ex-dirigente ter dado entrevista ao NETFLU falando sobre o projeto de estádio no Parque Olímpico. Emprestando dinheiro ao Tricolor das Laranjeiras muito antes de começarem as obras do CT, o magnata foi alvo de críticas do atual mandatário, Mário Bittencourt. Sob a batuta do advogado tricolor, aliás, Pedro Antônio viu o centro de treinamentos, que levava o seu nome, ser rebatizado para Carlos Castillo, em homenagem a um dos grandes ídolos do clube.
Por fim, o milionário já tinha aberto a carteira para ajudar o Tricolor em 2014, auxiliando o Fluminense a quitar as contas com o argentino Darío Conca, quando houve a saída do atleta. Na época, foi feito um contrato e “P.A”, como é conhecido nos bastidores, emprestou pouco mais de R$ 164 mil – dinheiro que o clube não tinha à disposição. Além disso, Pedro Antônio fez empréstimos para garantir 20% do clube na participação de Marlon (zagueiro), Kenedy (atacante) e Gerson (meia).
Além dele, vale ressaltar que o advogado Ademar Arrais já lançou a sua pré-candidatura. Outro nome é o do, também advogado, Marcelo Souto, do grupo Esperança Tricolor, ao lado de Sergio Poggi, que apoiou a chapa de Mário Bittencourt nas últimas eleições, mas rompeu as relações após desapontamentos com a atual gestão.