Foto: Marcelo Gonçalves/FFC

O sonho do Fluminense de voltar a conquistar a Copa do Brasil teve que ser adiado mais uma vez. Após passar por Vila Nova-GO, Cruzeiro e Fortaleza, o time foi eliminado da competição na última quinta-feira, após ser derrotado por 3 a 0 pelo Corinthians, na Neo Química Arena, no jogo de volta da semifinal – no Maracanã as equipes empataram em 2 a 2.

A eliminação frustra a torcida, que esperava uma conquista nacional após 10 anos, e também compromete o orçamento tricolor para 2022 – caso avançasse, o clube já garantia pelo menos mais R$ 25 milhões. Com a eliminação, o portal GE levantou os sete pecados capitais que pesaram para a queda do Fluminense na competição:

 
 
 

1 – Falha de Nonato no jogo de ida

No Maracanã, quando o Fluminense vencia o Corinthians por 1 a 0 e controlava o jogo, Nonato errou passe para André, que foi pego no contrapé e não dominou no meio de campo. A bola sobrou para Yuri Alberto. O jogador do Corinthians avançou e, mesmo cercado, conseguiu a infiltração de Renato Augusto, que chutou cruzado para empatar. No segundo tempo, o Fluminense ainda conseguiu ampliar, mas não a vitória com o gol na reta final do adversário que decretou o 2 a 2. Mas a falha de Nonato acabou custando caro e contribuindo para o placar.

2 – Perda do Nonato

Pode até parecer controverso, mas, mesmo tendo falhado no primeiro jogo, Nonato era peça muito importante da equipe. Tanto que o Fluminense ainda não conseguiu encontrar um substituto para o volante, que pertencia ao Internacional, estava emprestado ao Fluminense e foi vendido pelo ao Ludogorets, da Bulgária entre o primeiro e o segundo jogo. Sem dúvidas, sua saída foi uma grande perda para o esquema utilizado por Diniz.

3 – Terceiro amarelo de André

Sem poder contar com Nonato, vendido, o Fluminense ainda teve uma ausência importantíssima para o jogo da volta: André recebeu o terceiro cartão amarelo no primeiro jogo, no Maracanã, nos minutos finais do confronto e precisou cumprir suspensão automática. Líder de passes e desarmes da equipe, o volante é a sustentação do esquema utilizado pelo técnico Fernando Diniz, que escalou Wellington e Martinelli, dois volantes diferentes da equipe que vinha sendo titular.

4 – Chutões que viraram gols

Nos dois jogos o Fluminense sofreu gols em momentos que “agrediram” o “Dinizismo”: com chutões e não com saídas com a bola trabalhada. No primeiro jogo, ao 44 do segundo tempo, Michel Araújo tentou dar um bico para frente quando estava na lateral direita da área. O meia acabou armando a jogada para o Corinthians, que terminou no gol de Roger Guedes.

No segundo jogo, na Neo Química Arena, o goleiro Fábio se viu pressionado pela marcação e deu um chutão para frente, que acabou culminando no gol de Renato Augusto.

5 – Falhas de Fábio e Wellington

Após o chutão para frente que criou a jogada de ataque do primeiro gol do Corinthians, Fábio ainda errou no posicionamento e deixou o gol aberto para Renato Augusto chutar. No lance, o volante Wellington também falha na marcação e deixa o jogador do Corinthians avançar livre para o chute, que abriu o placar na Neo Química Arena e definiu os rumos do confronto.

6 – Não testou os volantes

Após a perda de Nonato e ciente de que não poderia contar com André no segundo jogo, Diniz teve a oportunidade de testar a equipe com novos volantes em duas ocasiões, contra o Athletico-PR e o Fortaleza. Mas não o fez – utilizou André e Nathan em um jogo e Yago Felipe e André em outro. Com Wellington sem atuar como titular há três meses e tendo participado pouco, o treinador optou por colocar o volante ao lado de Martinelli contra o Corinthians. Acabou não dando certo.

7 – Falta de peças de reposição

As limitações do elenco também pesaram nos dois jogos. Ao todo, nos dois confrontos, Fernando Diniz fez 10 mudanças – cinco em cada partida. No Maracanã, trocou Cristiano por Caio Paulista. O lateral entrou bem e contribuiu para o segundo gol. Porém, Martinelli, Marrony, Nathan e Michel Araújo saíram do banco e não conseguiram somar – Michel Araújo ainda errou na saída de bola do segundo jogo.

Na Neo Química Arena, Diniz trocou Wellington por Nathan no intervalo. Ele deu mais mobilidade ao meio de campo da equipe, principalmente nos primeiros lances em que esteve no gramado. Mas, novamente, com peças limitadas, Diniz fez quatro mudanças que não foram positivas: Marrony, Willian Bigode e Michel Araújo participaram pouco, e Felipe Melo ainda fez um gol contra.