Defensor ferrenho do modelo implementado por Fernando Diniz, o volante Felipe Melo, novamente, explicou que o risco que o Fluminense corre nas partidas é calculado. Segundo o experiente jogador, tudo o que é trabalhado nos treinos se reflete no campo e não há dúvida em relação ao que precisa ser executado, mesmo que muita gente torça o nariz em vários momentos. Na opinião de Felipe, o bônus compensa o ônus.
– A gente treina muito, são três, quatro horas no campo. Fora vídeos, tudo. Eu já vi entendedores do futebol enxergarem erros de atletas que jogam em grandes clubes europeus como ‘personalidade’: “Caramba, que personalidade para sair jogando. Errou? Acontece”. Mas o erro nosso aqui (no Brasil) não é personalidade. Mas quantas vezes o Fluminense já saiu jogando e em quantos gols foram construídos, quantos pontos ganhamos construindo jogadas desde os goleiro? Acho que foram muito mais do que erros individuais. Então vamos focar no que fazemos de melhor. Podemos e devemos melhorar. Erros como os que aconteceram contra o Fortaleza não devemos cometê-los. Mas trabalhamos no limite. É um futebol bonito de se ver e para isso acontecer devemos trabalhar muito. Não é fácil, é muita movimentação. No jogo contra o Fortaleza eu ouvi alguns burburinhos da torcida quando rodávamos a bola, porque poderíamos virar a bola e ficávamos no mesmo canto. Isso é trabalho, treino nosso. São detalhes que fazem a diferença. Já saímos jogando várias vezes, fazendo vários gols que foram para o Fantástico, porque é bonito. Mas bonito é trabalhar. E os clubes se preparam para jogar contra o Fluminense. Porque sabem que se isso não acontecer, o Fluminense vai preparado. O Athletico foi 90 minutos ligados. Contra o Flamengo, o jogo estava 0 a 0 e tomaram quatro gols de bola parada. Com a gente eles estavam concentrados. O Fortaleza fez um dos maiores jogos dele e perdeu. Vamos errar porque somos humanos, mas não temos medo de errar. Se você tiver dúvida você vai errar por causa da sua dúvida. Então faça! O Fábio teve um erro no início, depois fez a defesa e fizemos o gol porque saímos com a bola lá de trás. Nunca trabalhei tanto na minha vida como estou trabalhando no Fluminense – disse, em entrevista coletiva.