A uma assinatura de se tornar oficialmente jogador do Fluminense, Marrony chega ao clube como uma das peças de reposição para o ataque, que perdeu Luiz Henrique recentemente para o Betis-ESP e não terá mais Fred daqui a poucos dias. Ex-Vasco e Atlético-MG, o jogador ficou conhecido pela sua versatilidade no campo ofensivo. Afinal de contas, o atacante como Marrony pode ajudar o setor ofensivo da equipe do técnico Fernando Diniz?
Para entender como Marrony pode encaixar na equipe tricolor, o portal GE analisa as características e o histórico do jogador nas equipes e traz a opinião de jornalistas que acompanharam o atleta no dia a dia dos clubes brasileiros em que atuou.
Canhoto, com 1,84m, Marrony consegue aliar força e velocidade. No sub-20 do Vasco, foi tirado da ponta esquerda para atuar pelo lado oposto, e o jogador passou a finalizar e marcar mais gols. Foi na posição, inclusive, que ganhou destaque na base.
Após surgir como promessa, no profissional, se tornou uma espécie de curinga no ataque. Foi de segundo atacante a centroavante, além de também ter sido utilizado nas pontas, sua posição de origem.
Setorista do Vasco em 2019, Felipe Schmidt contou que Marrony foi uma dos jogadores com mais minutos na temporada. O jornalista acredita que o atacante precisa de evolução no quesito finalização, mas vê a posição ocupada por Luiz Henrique como melhor opção para o atacante.
– Canhoto, alto e veloz, Marrony consegue cumprir todas as funções do ataque, tanto como ponta como centroavante, embora precise melhorar a finalização. Na teoria, pelas características, é uma boa reposição a Luiz Henrique. Teve um bom momento ainda na base do Vasco atuando pela direita, cortando para dentro e finalizando, e acho que esta é a posição em que pode render melhor dentro do esquema do Fluminense – disse Felipe.
No total, Marrony fez 84 partidas e 11 gols com a camisa do Vasco. O bom desempenho chamou a atenção do Atlético-MG, que contratou o jogador em junho de 2020 pelo valor de R$ 20 milhões, com grande expectativa de valorização. Setorista do Atlético-MG na época, Guilherme Frossard destacou que Jorge Sampaoli, então treinador do Galo, aproveitou a polivalência do jogador e o utilizou como referência no ataque, já que buscava mais mobilidade no setor.
– Marrony chegou ao Atlético como um dos vários jogadores indicados (ou exigidos) por Jorge Sampaoli, que via o atacante mais como referência no setor, já que queria alguém atuando com mais mobilidade por ali. Foi assim que Marrony atuou no Galo na maior parte das partidas — algumas delas com ótimo rendimento, especialmente no início da passagem – disse Guilherme.
No início da trajetória, foi o centroavante titular do Atlético de Sampaoli. Depois, perdeu espaço com as chegadas de outras peças, como Eduardo Sasha e Eduardo Vargas, dois antigos conhecidos do treinador. Passou a ser reserva imediato de Keno, na ponta esquerda.
Na Dinamarca, o jogador foi pouco utilizado e demonstrou sua vontade de retornar ao Brasil após uma temporada. O Fluminense ofereceu € 300 mil euros (R$ 1,6 milhão) de forma parcelada, ao longo do período do contrato, como oferta final, e os dinamarqueses aceitaram fechar negócio.
O atacante foi um pedido do técnico do técnico Fernando Diniz que, inclusive, já conversou com o jogador por telefone. Marrony demonstrou empolgação e deve chegar ao Rio de Janeiro neste fim de semana. Além dele, Alan também chega ao clube para suprir as duas baixas (Luiz Henrique e Fred) no ataque tricolor.