A reunião na quarta-feira dos 25 clubes não filiados à Libra (Liga do Futebol Brasileiro) teve como consequência principal a formalização de um bloco, que deve assinar um estatuto nos próximos dias. O documento está sendo finalizado enquanto é escolhido o modelo jurídico: associação de clubes ou liga. Ainda não há nome ou presidentes. Muito menos pressa.
A percepção é de que a criação uma liga com as 40 agremiações das Séries A e B do Campeonato Brasileiro ainda precisará de tempo. O momento é de intensificar o estudo das projeções e aprofundar o debater internamente. Em seguida, novamente buscar a reabertura de diálogo com a Libra.
Os 25 clubes pretendem estabelecer uma base forte e centralizada para facilitar a negociação com o outro bloco que, por ora, não quer sentar à mesa para debater os parâmetros que já estabeleceram em seu estatuto. A intenção é flexibilizar as tratativas e fazer com que o grupo da Libra se junte para a formação de uma liga capaz de organizar o Campeonato Brasileiro.
O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, que tem atuado como uma das lideranças do grupo, explicou a ideia da formalização do bloco:
– É uma tentativa de formação de uma liga do futebol brasileiro com a participação de todos. Para ficar bem claro, não é contrária à outra. O que a gente espera é ter nossa união formalizada para continuar defendendo nossas ideias. O objetivo no final é estar todo mundo junto. Tomara que isso possa ocorrer. Se não for formada uma liga com todos os clubes, no fim das contas você vai acabar tendo um ou dois grupos vendendo direitos comerciais. Mas isso é para o futuro. Temos contratos com mais dois anos de duração. Importante ficar claro que não há pressa ou correria.
Na medida em que o grupo encontra resistência para abrir negociação com os integrantes da Libra, os próximos passos são aprofundar o debate interno para então fazer uma nova investida na tentativa de chegar a um entendimento com o outro bloco.
– Não tivemos ainda o encontro, a receptividade, então estamos buscando formalizar o nosso grupo, debater ideias internamente e depois buscar uma composição – completou Mário Bittencourt.