(Foto: Lucas Merçon - FFC)

O voto online foi outro tema debatido pelo presidente do Fluminense em Fortaleza. Na capital cearense, através doe vento “Tricolor em Toda a Terra”, Mário Bittencourt explicou que é a favor de manter sua promessa de campanha, mas repetindo discursos anteriores, não depende dele a implementação.

– Com relação à votação à distância, quando escrevemos o plano de gestão, ela não seria somente para a eleição, mas para outras coisas, como, por exemplo, votar na escolha do ônibus do Fluminense. Assim que a gente entrou no clube mandamos fazer a cotação das empresas e nos foi informado que implementar, do ponto de vista técnico, obviamente dá e bem próximo da eleição. As duas questão que fazem parte de uma comissão do estudo da implementação: estatutárias e segurança da votação. Quem acompanha o andamento notícias dos outros clubes sabe que ficou comprovado que nas eleições do Internacional votaram muitos robôs em sequência, fazendo o mesmo voto repetido , e a perícia consegue identificar os robôs, mas não para quem foram direcionados. Temos duas preocupações técnicas: algumas questões estatutárias a serem vencidas para esta eleição, para outras não teria problema, mas a gente pode tentar superá-las para esta, embora tenhamos que passar antes pelo Conselho. A ideia é minha, a vontade é minha, mas a decisão não é minha. A decisão de implementação ou não cabem aos poderes do clube, ao Conselho Deliberativo, etc. Assim que o o estudo estiver completo, vamos endereçar ao conselho deliberativo. E as questões de segurança são as que mais nos preocupam – falou Bittencourt.

 
 
 

O presidente deixou clara a sua preocupação com a judicialização da eleição em novembro, caso sua promessa de campanha de instituir o voto online não seja cumprida. Mário esclareceu o que, ele considera, como um prejuízo para o Fluminense o pleito ser decidido na Justiça, como ocorreu com o Vasco e outros clubes.

– Um dos grandes orgulhos que eu tenho de ser torcedor do Fluminense e de ter sido candidato à presidência por duas vezes é que os pleitos eleitorais do Fluminense há quase 15 anos transcorrem com lisura. O Fluminense talvez tenha sido um dos poucos clubes do Brasil que jamais teve suas eleições judicializadas, o que é um desastre para a instituição. Alguns companheiros, correligionários meus em 2016, me pediam para entrar na Justiça e eu disse: “De maneira nenhuma”. Entrar na Justiça para atacar um pleito legítimo como foi o de 2016 seria tumultuar a vida do clube. A eleição desde 2010 é fiscalizada pelo Ministério Público, isso está no estatuto do clube. O Ministério também será consultado sobre o voto online. As urnas desde 2010 são do TRE. Todo o sistema está sendo feito para impedir a judicialização da eleição. Isso sim, independentemente de quem participará do pleito, o Fluminense não pode ser ferido do ponto de vista judicial, porque isso trará uma instabilidade para o clube. Seguimos estudando, temos a ideia de implementar sim (o voto online), desde que a gente tenha a certeza de que do ponto de vista de segurança tecnológica e cumprimento das regras estatutárias iremos conseguir. Se não caminharmos para este ano, queremos deixar encaminhado para um futuro, com a maior segurança possível. Não é uma promessa, mas estamos discutindo alternativas caso a gente não consiga, que possamos conversar com o TRE para que possamos colocar urnas eletrônicas nos principais pontos dos coletivos do Fluminense (torcidas). Creio que teremos entre 14 e 18 mil sócios aptos a votar nesse momento. Mas esse número só é fidedigno próximo da eleição.