O último contato oficial entre diretores do Fluminense e Pedro Antonio completa cinco anos agora em 2022. Ainda devendo mais de R$ 7 milhões ao ex-vice de projetos especiais, a atual diretoria não sinaliza com o pagamento, conforme apuração do NETFLU.
Ex-dono do Banana Golf, Pedro Antonio foi exonerado do Fluminense no dia 28 de julho de 2017. O então presidente Pedro Abad não gostou de o ex-dirigente ter dado entrevista falando sobre o projeto de estádio no Parque Olímpico. Emprestando dinheiro ao Tricolor das Laranjeiras muito antes de começarem as obras do CT, o magnata foi alvo de críticas do atual mandatário, Mário Bittencourt. Sob a batuta do advogado tricolor, aliás, Pedro Antonio viu o nome o centro de treinamentos, que levava o seu nome, ser rebatizado para Carlos Castillo, em homenagem a um dos grandes ídolos do clube.
Em explanação aos conselheiros no início deste ano, Mário questionou se o clube deve mesmo R$ 7 milhões ao empresário, assim como disse que precisava saber quais intervenções precisam ser feitas. Segundo o dirigente, não foi feita uma auditoria para saber quanto foi gasto. Mário disse que Abad pediu informações e documentos para fazer o cálculo adequado da dívida e o ex-dirigente não teria fornecido.
O ex-homem forte do CT já tinha aberto a carteira para ajudar o Tricolor em 2014, auxiliando o Fluminense a quitar as contas com o argentino Darío Conca, quando houve a saída do atleta. Na época, foi feito um contrato e “P.A”, como é conhecido nos bastidores, emprestou pouco mais de R$ 164 mil – dinheiro que o clube não tinha à disposição. Além disso, Pedro Antônio fez empréstimos para garantir 20% do clube na participação de Marlon (zagueiro), Kenedy (atacante) e Gerson (meia).
Atualmente, Pedro Antonio é percebido internamente como um nome forte para disputar a eleição presidencial do Fluminense em novembro. Ele, portanto, segue em cima do muro. Não confirma, nem nega a possibilidade.