Foi mais sofrido do que deveria. Afinal, o time do Fluminense não é um pouco melhor que o do Olimpia. É muito. Mesmo. Porém, quando a bola rola, nem tudo é tão simples. Na noite desta quarta, o Tricolor foi ao Engenhão e mostrou enorme maturidade para bater os paraguaios por 3 a 1 e levar uma vantagem importante para a volta da terceira fase da Libertadores, na próxima quarta, no Defensores del Chaco, em Assunção. O Flu saiu na frente com Germán Cano, mas viu o adversário igualar numa entregada grotesca de Fábio. Entretanto, mostrou enorme maturidade, recuperou-se no jogo e resolveu o duelo no segundo tempo com Luiz Henrique e novamente o artilheiro argentino.

O bom começo deu a falsa impressão que o Fluminense conseguiria uma vitória até com certa facilidade. A equipe marcava pressão, rodava bem a bola, via os laterais avançarem e encurralava os paraguaios em seu campo de defesa. Não demorou e saiu o gol. Yago mandou escanteio na área, Luiz Henrique desviou e Cano mandou de cabeça no fundo do barbante. Festa na arquibancada e alegria total. Aí vira bagunça. Certo? Não. Errado. E muito…

 
 
 

Talvez até um certo sentimento de autoconfiança tenha atrapalhado, mas num erro do atleta mais experiente do time os paraguaios igualaram. Fábio tentou sair jogando pelo meio e entregou no pé de Derlis González, que só teve o trabalho de dominar e marcar. O Olimpia cresceu e poderia até ter virado com o mesmo jogador, mas aí o goleiro se “redimiu” e fez boa defesa com o pé.

O Flu passou o restante do primeiro tempo sem conseguir se recolocar no prumo da partida. Em compensação, voltou com tudo para o segundo. Luiz Henrique fez uma jogadaça pela direita, entortou a marcação e recolocou o Tricolor na frente num chute lindo no canto. O atacante, porém, teria de sair logo depois por levar uma pancada desleal de Iván Torres, que levou só amarelo. O árbitro argentino, Facundo Tello, diga-se, era extremamente conivente com a violência do covarde time do Olimpia. Na bola estava difícil e eles batiam à vontade.

Sem Luiz Henrique, Arias também entrou bem e o lado mais forte do Tricolor passou do direito pro esquerdo. Por lá, saiu o terceiro. O colombiano recebeu, esticou em Willian e o Bigode bateu para defesa parcial de Olveira. Mas Cano estava lá para aproveitar o rebote e jogar na rede.

Em vantagem, o Flu passou a controlar mais a partida e sair nos contra-ataques. No fim, segurou a importante vantagem para a volta. No Paraguai, é de se esperar um verdadeiro clima de guerra. Se fora de casa o time do Olimpia já gosta de bater, imaginem em seus domínios e precisando inverter a situação adversa. É para ficar atento, mas o Fluzão, como dito lá atrás, é bem superior. Tem tudo para chegar à fase de grupos. Vamos!

O Fluminense jogou com: Fábio, Nino, Felipe Melo e David Braz; Calegari, André, Yago (Martinelli, intervalo) e Cris Silva; Luiz Henrique (Jhon Arias, 15′ do 2ºT), Willian Bigode (Mario Pineida, 35′ do 2ºT) e Germán Cano (Ganso, 44′ do 2ºT).