(Foto: Divulgação)

Depois de quase naufragar por conta de brigas internas de dirigentes, a Liga dos Clubes que planeja organizar o Campeonato Brasileiro a partir de 2023 teve arestas aparadas e espera para os próximos dias uma proposta bilionária para a sequência do projeto. A Codajas Sports Kapital, representada por Flavio Zveiter, Ricardo Fort e Lawrence Magrath, já apresentou uma pré-proposta de 1 bilhão de dólares no projeto (cerca de R$ 5,7 bilhões).

Pela oferta, o grupo se compromete a comprar 25% da Liga e se vinculariam a ela por 75 anos. O dinheiro é de uma empresa dos Estados Unidos, a Advent International.

 
 
 

Foi dado um prazo de dois meses, que está prestes a expirar, para que a Codajas formalize a proposta. A empresa planeja fazer a apresentação até o dia 1 de janeiro.

Vale lembrar que em julho 19 dos 20 clubes que estavam na Primeira Divisão enviaram documento à CBF informando sobre a intenção de organizar o Brasileiro nas Séries A e B. Agora, 16 já assinaram o pré-acordo com a Codajas — que é não vinculante, ou seja, pode ser desfeito sem problemas. Apenas América-MG, Athletico-PR, Sport e Juventude não concordaram com a minuta da proposta inicial.

Segundo o jornal O Globo, uma pessoa ligada à elaboração da oferta informou que um banco foi contratado para calcular o real valor de mercado da liga. A Codajas acredita que o montante que a Advent está disposta a aplicar não chega a ser o suficiente para comprar 25% da nova organização. Além disso, o vínculo proposto está sendo reconsiderado e não deve ser mais de 75 anos, e sim mais curto.

Outro ponto que ainda é discutido pela Codajas é quanto cada clube irá receber. Já é certo que a quantia repassada a eles não será igualitária. Um ranking está sendo elaborado pela empresa, o qual leva em consideração diversos fatores, como o desempenho dos clubes no Campeonato Brasileiro, tanto na era dos pontos corridos quanto no mata-mata; o tamanho das torcidas; a capacidade dos clubes em levar esses fãs aos estádios; e o volume de vendas de pay per view. A proposta será estendida aos participantes da Segundona e prevê também o fomento do futebol feminino.

Por mais que a Codajas esteja mais avançada, não é a única empresa a demonstrar interesse em adquirir a Liga. á pelo menos outras três companhias, uma americana e duas britânicas, sendo uma delas com capital árabe, que consultaram e mantêm conversas com os dirigentes a fim de elaborar propostas.