A decisão do Fluminense por utilizar São Januário no importante jogo diante de volta da segunda fase da Libertadores, no dia 1º de março, frente ao Millonarios, mostra uma reaproximação entre a diretoria tricolor e a do Vasco. Nas gestões passadas, o clima não esteve assim tão cordial. Muito pelo contrário, foi conturbado.
Vale lembrar que o Flu não terá o Maracanã à disposição por conta da reforma no gramado (implantação da grama híbrida).
Tão logo o presidente Mário Bittencourt anunciou em live da Flu TV que a casa do rival seria o provável palco da decisiva partida, muitas foram as reações contrárias em redes sociais. De ambas as torcidas. A tricolor questionava também o por quê de não se utilizar o Engenhão.
No Brasileiro de 2021, o Fluminense atuou quatro vezes em São Januário em ocasiões que não poderia estar no Maracanã. Chegou a haver algum ruído em relação às bandeirinhas de escanteio, mas contornado.
O presidente cruz-maltino, Jorge Salgado, inclusive, chegou a receber Mário Bittencourt no gramado em uma das partidas.
Nas gestões passadas de ambos os clubes, o clima entre Pedro Abad, ex-presidente do Fluminense, e Alexandre Campello, ex-mandatário do Vasco, ficou pesado principalmente por conta da final da Taça Guanabara de 2019 em virtude do lado das torcidas no Maracanã. O rival, mandante do duelo, antecipou-se junto à Ferj para posicionar seus torcedores no Setor Sul (local onde históricamente ficavam e que passou a ser de direito do Flu quando o clube das Laranjeiras assumiu a gestão do estádio junto ao Flamengo).
Destaca o site Uol que tão logo surja a nova licitação para a gestão do Maracanã o clima ameno poderá ser colocado à prova. O Vasco já sinalizou interesse, assim como o Flamengo. Há a exigência de pelo menos 70 partidas no ano, o que fica pesado para apenas o Fluminense e o Rubro-Negro cumprirem numa temporada.