(Foto: Lucas Merçon - FFC)

Em julgamento da Segunda Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Mário Bittencourt foi multado em R$ 1 mil e suspenso por 30 dias. O presidente do Fluminense pegou tal gancho pelas ofensas ao árbitro Marielson Alves Silva na derrota de 2 a 1 para o Atlético-MG, pelo Campeonato Brasileiro, quando o Tricolor saiu na frente e viu o adversário igualar a partida após a marcação de um pênalti absurdo. A decisão cabe recurso.

Na ocasião, segundo a súmula, Mário Bittencourt proferiu as seguintes palavras em relação ao homem ao apito na sua saída do campo após o término da partida: “Vagabundo, filho da puta, você é um canalha, é um moleque, pode relatar mesmo”. No entanto, o presidente, apesar de reconhecer o erro, negou que tenha proferido tais xingamentos.

 
 
 

– Ele conduz muito mal os jogos, não de maneira dolosa, e a gente foi criando um clima natural de animosidade dentro de uma partida dessa magnitude. Tenho por hábito descer sempre cinco minutos antes para receber os atletas no vestiário, até para evitar um tipo de conflito. Quando eles desceram, estavam revoltados com o pênalti que ele havia dado quando vencíamos, esse resultado poderia ter feito toda diferença na nossa classificação final, e dois deles me relataram que foram xingados pelo arbitro quando foram reclamar, e ele estava abraçado ao Hulk parabenizando pela conquista – disse, prosseguindo:

– Por isso que em um momento do vídeo estou apontado para trás e dizendo: “O que vou explicar para os meus jogadores no vestiário”? Eu confesso aos senhores que disse: “Vai lá pedir uma camisa autografada para o Hulk, ele é seu ídolo, puxou o saco dele o jogo inteiro”. E estranhamente isso não está relatado na súmula, e um repórter chegou a noticiar isso no dia. Outras pessoas começam a esbravejar palavras de baixo calão, e aí ele debocha, dá um sorriso para mim, aponta para o vestiário como se fosse buscar a camisa, no sentido de provocação, e o quarto árbitro vem com caderninho falando que vai me anotar, e falei: “Pode anotar”.

Mário Bittencourt foi além e viu má intenção de prejudicá-lo.

– O árbitro poderia ter ido ao nosso vestiário identificar as outras pessoas, mas não teve nenhuma ação nesse sentido, ele escolheu um para Cristo de maneira covarde e omissa e relata só o meu nome como se tivesse dito coisas que eu não falei. Não teria nenhum problema de chegar aqui e relatar que tivesse ofendido a honra dele, mas não ofendi. Apenas fiz uma fala em alto tom de voz. Peço desculpa aos senhores por uma exaltação minha, muito fora da minha conduta de sempre, mas acho que fui irônico. Não sei exatamente quem disse aquelas palavras, mas tinham várias outras pessoas dizendo – relatou.