(Foto: Lucas Figueiredo - CBF)

Segue o imbróglio em relação ao poder na CBF. Na terça-feira, desembargadores da 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro acataram recurso do Ministério Público e anularam a Assembleia Geral da CBF, que mudou a forma de votação para a presidência da entidade, ocorrida em 2017. Assim, a eleição de Rogério Caboclo para o comando da entidade, em abril de 2018, fica anulada. Tal decisão cabe recurso e o jurídico da CBF ainda estuda qual estratégia seguirá.

Os magistrados ainda indicaram Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, e Reinaldo Carneiro Bastos, da Federação Paulista de Futebol, como interventores do processo para a nova eleição. Eles terão 30 dias para realizar nova Assembleia Geral, definindo o peso dos votos dos eleitores do pleito. Na sequência, a eleição será convocada. Ambos não terão ingerência na administração da entidade.

 
 
 

Como Rogério Caboclo está afastado por assédio moral e sexual a uma funcionária, a CBF tende a permanecer sob o comando interino de Ednaldo Rodrigues.

Segundo o procurador Rodrigo Terra, que acionou a CBF em 2017, a mudança “não seguiu as regras democráticas previstas pela legislação”.

– A votação foi ilegal ao não dar chance aos opositores de viabilizar uma candidatura. Além de manter as federações como maioria no colégio eleitoral, a cláusula de barreira inviabiliza qualquer candidatura de oposição e favorece o grupo político que há décadas se mantém no poder lá. Por isso, queremos uma nova votação com chances iguais – disse Terra.