No Dia da Consciência Negra, Marcão, em entrevista ao site do jornal Lance, voltou a abordar o fato de poucos treinadores negros terem vez no futebol brasileiro. Sempre que questionado, o técnico do Fluminense costuma se posicionar a respeito e seguiu desta forma.
Marcão vê o futebol como uma extensão da sociedade no que diz respeito a oportunidade para os negros. Da mesma forma que ocorre fora do esporte, em sua opinião, também acontece internamente e é preciso lutar para uma mudança de panorama.
— O futebol, por ser uma grande paixão e o esporte mais praticado no nosso país, apenas reflete o que acontece na sociedade. O esporte é uma ferramenta pedagógica e de transformação. Infelizmente reproduz aquilo que a sociedade de modo geral propõe e trata no tema racismo. Tive poucos treinadores negros. O Gilson Paulino na base do Bangu, por exemplo. Mas esse desafio surgiu muito antes de o Marcão ter esse olhar, de reivindicar estrutura, de pedir mais treinadores bons e negros. Para termos o que queremos precisamos discutir cuidadosamente o tema. Já vem de muito tempo, é importante falar – disse.