Seja com Odair Hellmann, Roger Machado ou Marcão, o Fluminense vive um dilema na lateral-esquerda nos últimos tempos. Titular, Egídio viveu altos e baixos, mas segue absoluto na posição na atual temporada, apesar de todas as críticas, especialmente da torcida. Reserva, Danilo Barcelos também atravessa fases turbulentas e, na última quarta-feira, foi o protagonista do lance que resultou no gol da vitória do Atlético-MG na eliminação na Copa do Brasil.
Seja com Egídio ou Danilo, o Flu tem outras duas alternativas no elenco que ainda não foram testadas por nenhum treinador: Jefté e Marlon. Sem jogos decisivos de torneios mata-mata pela frente e apenas com o Campeonato Brasileiro em disputa, o técnico Marcão tenta equilibrar o setor para conquistar uma vaga na próxima edição da Libertadores. Veja a seguir números, dados e informações sobre todas as opções.
EGÍDIO
Titular da posição, Egídio chegou ao Fluminense em janeiro de 2020, quando saiu do Cruzeiro a custo zero. Nesta temporada, participou de 36 jogos no total: oito no Carioca, oito na Libertadores, cinco na Copa do Brasil e 15 no Brasileiro. Pela competição nacional, deu duas assistências, criou quatro chances, e foi bem em 35% das bolas longas, 57% dos lançamentos e 18% dos cruzamentos.
Já na defesa, o camisa 6 costuma fazer uma interceptação e 1.7 de cortes por jogo. Nos duelos, tem 53% de sucesso nos duelos terrestres, e 50% nos aéreos, além de acertar metade dos dribles que tenta. Até agora, não recebeu cartões amarelos, mas cometeu dois pênaltis na temporada. Na Libertadores, fez um gol, deu uma assistência, teve 74% dos passes completos e acertou 19 de 30 desarmes tentados. Os dados são do SofaScore.
DANILO BARCELOS
Desde setembro de 2020 no Fluminense, Danilo Barcelos veio do Botafogo como reforço para a temporada atual, mas acabou não ocupando a vaga titular. No Brasileirão, participou de apenas seis jogos, contra o Atlético-GO, Sport, Bahia, Juventude, Chapecoense e São Paulo. Em 453 minutos de atuação no campeonato, o lateral deu três assistências, criou duas chances de gol e teve sucesso em 35% de bolas longas, 50% dos lançamentos e 31% dos cruzamentos.
Defensivamente, Barcelos tem a média de duas interceptações e 1.7 cortes por jogo, além de ter vencido 39% dos duelos no chão e 76% dos duelos aéreos. Nas seis partidas, recebeu um cartão amarelo e cometeu pênalti três vezes em toda a temporada, um deles na decisão da Copa do Brasil, contra o Atlético-MG. Pela Libertadores, o jogador entrou em campo três vezes. Participando de forma tímida, teve 73% de passes completos, fez uma finalização, não deu assistências, e acertou um desarmes em duas tentativas.
JEFTÉ
Aos 17 anos, Jefté é um dos jogadores mais pedidos pela torcida do Fluminense. Ele não chegou a ser testado no Campeonato Carioca, como aconteceu com outros jogadores, e ficou apenas no banco de reservas contra Madureira e Portuguesa, quando Roger Machado, treinador da época, preservou os titulares. Na atual temporada, o jovem tem 15 partidas divididas entre o Sub-23 e o Sub-20.
Parte da “Geração dos Sonhos” de Xerém, Jefté foi eleito o melhor lateral-esquerdo do último Brasileiro Sub-17, onde foi campeão. Ele chegou ao clube com 14 anos, teve contrato renovado até 2025 recentemente e estava inscrito na Libertadores, apesar de não ter participado. O jovem já teve sondagens de clubes de fora e é observado no profissional há algum tempo, mas ainda não recebeu chances, especialmente pelo alto volume de partidas decisivas nos últimos tempos.
MARLON
Com contrato até o fim de 2022, Marlon chegou às Laranjeiras em 2017 e deixou o Flu em 2019, quando foi emprestado ao Boavista, de Portugal, e fez 28 partidas e dois gols. Revelado pelo Criciúma, o jogador estava até junho no Trabzonspor, da Turquia, que não exerceu a opção de compra. Lá, ele foi titular em 37 dos 38 jogos da última temporada.
O jogador chegou a negociar um empréstimo para o Fortaleza, mas as conversas não avançaram, assim como sondagens de empréstimo de equipes da Europa. Assim, ele fica no Fluminense e tem sido opção no banco de reservas com a lesão de Egídio, mas ainda não reestreou. O técnico Marcão afirmou, em entrevista coletiva, que Marlon vem treinando bem, mas não deu perspectiva de quando ou se vai usá-lo.