O Fluminense está fora da Copa Libertadores. Na noite desta quinta-feira, foi a Guayaquil e empatou em 1 a 1 com o Barcelona (EQU), no Monumental, dando adeus à competição nas quartas de final por 3 a 3 no placar agregado (gol fora como critério). O Tricolor fez um primeiro tempo até razoável e melhor que o adversário, mas não teve eficiência. No segundo, teve pênalti em Fred ignorado pela arbitragem e viu os equatorianos saírem na frente com Mastriani. Nos descontos e quando não dava tempo para mais nada, teve penalidade corretamente marcada a seu favor e o camisa 9 tratou de deixar tudo igual.

Com a necessidade de ir atrás do resultado, o Flu iniciou o jogo tomando iniciativa. Ficava mais com a posse de bola e procurava se organizar. Saía, mas com certa cautela. Sem deoxar espaços.

 
 
 

Ganso tentava articular pelo meio. Os laterais, porém, apoiavam discretamente e, pelos lados, apareciam mais Luiz Henrique (na direita) e Yago (na esquerda). A equipe, no entanto, demorava a finalizar. Luiz Henrique chegou a mandar bola por cima do gol com perigo. O inseguro goleiro Burrai só chegou a ser exigido em duas oportunidades no primeiro tempo. Num chute cruzado de Samuel Xavier e em bicicleta de Ganso no fim do primeiro tempo. Nesse lance, inclusive, o camisa 10 tricolor deu imenso azar ao cair sobre o braço direito, sofrer lesão no local e precisar ser substituído (entrou Cazares). O Barcelona, por sua vez, fazia muito pouco. Passou toda a etapa inicial mais preocupado e em administrar o resultado e não levou qualquer perigo.

No segundo tempo, o Fluminense não conseguiu manter o ímpeto. A saída de Ganso atrapalhou um bocado. Se ele não fazia um excelente jogo, ao menos organizava o meio e articulava. Cazares, por sua vez, pouco fez.

Em uma disputa na área, Fred levou um encontrão faltoso de Riveros, mas nem o fraco árbitro uruguaio Esteban Ostojich e sua equipe no VAR viram. Absurdo. O Barcelona, em sua primeira oportunidade, achou o gol que praticamente selou o destino do duelo. Mastriani recebeu bola levantada às costas de Luccas Claro e finalizou na saída de Marcos Felipe, que ficou no meio do caminho e facilitou seu trabalho.

Aí, quando a vaca colocou a terceira pata no brejo que Roger Machado resolveu ousar um pouco. Havia feito duas substituições por necessidade (Ganso e Yago – que sentiu numa dividida) e fez mais duas (lançou Nenê e Abel Hernández nos lugares de Martinelli e Luiz Henrique). Só que já era muito tarde. Insosso como sempre, o Tricolor em nenhum momento mostrou que poderia ter qualquer poder de reação. Nos descontos, a arbitragem, com VAR, ainda deu um pênalti em favor do Fluminense, que Fred converteu, mas não havia tempo para mais nada e o fim melancólico de Libertadores já estava sacramentado. E isso frente a uma equipe que não tem nada demais. Soma de uma postura pouco corajosa em campo e bobeadas absurdas (de Marcos Felipe e Nino) no jogo de ida (jogo de 180 minutos tem isso).

Agora, o Tricolor volta a campo na próxima segunda, pelo Brasileiro, diante do Atlético-MG, em São Januário. Ainda há no horizonte a Copa do Brasil, na qual também disputa as quartas de final e terá o próprio Galo pela frente.

O Fluminense jogou com: Marcos Felipe, Samuel Xavier, Nino, Luccas Claro e Egídio; André, Martinelli (Nenê, 30′ do 2°T), Yago (Kayky, 16′ do 2°T) e Ganso (Cazares, 41′ do 1°T ); Luiz Henrique (Abel Hernández, 30′ do 2ºT) e Fred.