Em entrevista coletiva logo após o resultado negativo contra o Internacional, o técnico Roger Machado teve que dar explicações sobre mais uma derrota do Fluminense no Campeonato Brasileiro. O treinador analisou o desempenho da equipe, a má fase e projetou os próximos duelos pelo torneio e a decisão pela Libertadores.
Leia, na íntegra, a entrevista:
Flu jogou mal?
– Não concordo que fizemos um mau jogo. Foi decidido nos minutos finais. Tivemos bons momentos na partida. Resultado não demonstra o que foi a totalidade do jogo.
Próximos passos
– Temos que reunir as energias, a confiança, jogadores nos melhores momentos definindo a nosso favor… Isso que esperamos reunir para a semana, fazer desse jogo o jogo da vida, vale uma classificação para a semifinal da Libertadores. No Brasileiro, evidente que nos preocupam os quatro jogos sem vencer dentro dessa maratona. Encontramos justificativas no grande volume de jogo que estamos jogando, quarte e domingo. Não vamos apontar culpados, é trabalhar para quinta-feira estar muito bem para esta decisão.
Formação com três volantes
– Foi uma formação apenas visando o jogo de hoje, mas nada impede que em algum momento possa ser utilizada. Penso que fizemos um jogo de recuperação durante os 90 minutos. Com essa formação, conseguimos ter controle do meio, com a presença do Paulo (Henrique Ganso) atrás do Abel (Hernández), um controle pela posse muitas vezes. Saímos duas vezes atrás do placar, conseguimos com força e confiança empatar, e o jogo se decidiu nos minutos finais, quando nos descuidamos no setor defensivo. A jogada do terceiro gol foi muito parecida com do primeiro. Claro que é muito frustrante, estávamos levando um ponto importante e acabar com 4 a 2. Não é o momento de ficar apontando culpado, treinador assume responsabilidade, e essa derrota não tira confiança para a decisão da semana.
O que está dando errado?
– Naturalmente as equipes vão oscilar durante a temporada. Temos uma equipe competitiva, com jogadores jovens sendo lançados, colocados à prova em jogos importantes. Esse mês é pesado em função das decisões da Libertadores e da Copa do Brasil, associadas ao Brasileiro, e temos oscilado sobretudo no Brasileiro. Nas eliminatórias, viemos passando competindo, jogando no limite das nossas capacidades. De fato, precisa encontrar soluções. Hoje foi uma tentativa de buscar peças diferentes. Penso que funcionou, o Yago jogou bem em uma posição em que ele não jogava há um tempo. É difícil falar de um jogo que você perde de 4 a 2 e deseja tirar algo de positivo. Mas não posso deixar de avaliar que até aos 47 minutos estávamos levando um ponto importante. A insatisfação reflete no grupo de jogadores, mas temos que ter serenidade agora. Esse grupo já se provou muitas vezes, vai ter oportunidade de se provar novamente.
Muitos gols sofridos
– As equipes vão passar por maus momentos, por perda de jogadores por lesão, suspensão, janela de transferência… O mau momento coletivo em função do desgaste vai acarretar. Por vezes as minhas escolhas ou decisões dentro do campo também vão influenciar no processo. Somado ao mês decisivo, quero acreditar que isso tudo tenha tirado um pouco dos trilhos nossa coletividade, mas temos buscado alternativas para evoluir. O 4 a 2 é muito ruim tendo em vista que temos de estar com a confiança no alto. Era um jogo importante para somar no Brasileiro e pegar confiança para os jogos seguintes. Nesse momento temos que estar muito fechados. A responsabilidade é toda do comando.