No dia 30 de abril, o Fluminense publicou o Demonstrativo Financeiro de 2020 em seu Portal da Transparência, faltando poucas horas para o fim do prazo. O clube foi o último entre os da elite do futebol brasileiro a fazê-lo. Agora, conselheiros aguardam a convocação, que, para alguns, já deveria ter ocorrido, visando a aprovação – ou reprovação – dos valores dispostos.
Por lei, o balanço deveria ter sido publicado – como foi – até o dia 30 de abril. Após a publicação, esse documento deve ser aprovado pelo Conselho Deliberativo (CDel). Para a sua aprovação, os conselheiros devem receber, além do balanço e da carta de apresentação do presidente, um parecer elaborado pelo Conselho Fiscal.
No último encontro realizado pelo CDel, o Conselho Fiscal revelou que ainda está desenvolvendo os argumentos do parecer. Até o momento, nada foi encaminhado para os membros da mesa informando a data da reunião, que deve ter a antecedência de 14 dias.
O NETFLU apurou, na época, que questões relativas a auditoria, além de pedidos de correção do Conselho Fiscal fizeram com que a diretoria tricolor protelasse um pouco mais para revelar os dados ao público. Após todas as correções e demandas levantadas, o Tricolor finalmente postou os números.
É importante lembrar que o balanço apresenta uma redução de prejuízo em relação a ano de 2019. O clube, mesmo em um ano de pandemia, melhorou o resultado em torno de 69% de um período para o outro. O déficit passou de 9.3 milhões de reais em 2019, para 2.9 milhões de reais no ano passado.
Por outro lado, houve um aumento em quase R$ 50 milhões, de um ano para o outro, do passivo (equivalente a 6% do total). O Fluminense explicou que isso ocorreu por conta da postergação do pagamento de parte dos salários, férias e 13º dos jogadores/funcionários para março de 2021, por meio de acordos com os sindicatos dos atletas e servidores.