Por conta de dívidas antigas, o Fluminense, volta e meia, tem cotas penhoradas. Tal situação ocorreu recentemente em relação ao ex-zagueiro tricolor André Luiz. Presidente do clube, Mário Bittencourt falou sobre a situação.
– A gente normalmente não faz acordos para evitar as penhoras. Pelo contrário. A gente é penhorado e faz acordo para levantar as penhoras. Se eu fosse fazer acordo com tudo, o clube morreria. O que a gente faz hoje é gestão de crise e passivo. Não faz acordo para evitar penhora porque não tem dinheiro para pagar a dívida do clube inteiro. Faz acordo normalmente em processos que estão em execução e penhoram o clube, ou com pessoas que aceitam redução do valor devido e receber em longuíssimo prazo sem entrar na Justiça, que é o caso do Fernando Diniz, por exemplo – iniciou, prosseguindo:
– A gente recebeu algumas penhoras por exemplo nas cotas da Libertadores. Agora na cota da Copa do Brasil, uma do André Luiz, zagueiro, R$ 5 milhões o processo dele. Penhorou 100% da nossa cota de R$ 2,7 milhões. Eu estou tentando fazer um acordo com ele para ficar com R$ 500 mil dos R$ 2,7 milhões e o resto a gente parcelar. Só que aí passo a ter mais uma parcela de um novo acordo. Essa soma de parcelas custa quase R$ 2 milhões por mês. O problema é que aí chega uma outra penhora daqui a 20 dias, 30 dias. Por isso o comitê de crise trabalha com transparência e lealdade. Liga um a um e diz: “Viu que o André Luiz penhorou? Não vou receber um centavo agora, por isso não estou te pagando hoje”.
Chateado com tais penhoras, Mário entende que o clube tem feito seu papel no pagamento de dívidas e buscas por acordos. Por conta disso, deixa os atletas que cobram na Justiça para depois.
— É por isso que às vezes a gente larga os caras de mão. A gente criou uma p… credibilidade, e 90% dos credores aceitam. Mas tem sempre 10% que vai penhorar porque quer a multa. Esse cara a gente larga: “Ah, é? Vai para a fila” – disparou.
André Luiz teve duas passagens pelo Fluminense. A primeira em 2001 e outra entre 2010 e 2011. Campeão brasileiro em 2010, o zagueiro disputou 49 jogos e fez cinco gols pelo Tricolor.