Se o Campeonato Carioca terminou com prejuízo de todos e insatisfação geral (o Fluminense não se manifestou e o Flamengo foi a exceção), a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) defendeu o novo formato. Desta vez, a Rede Globo não transmitiu o Estadual e a transmissão em TV aberta ficou com a Record. Houve ainda outras mídias, como o pay-per-view próprio do torneio, as TVs dos clubes e até o TikTok.
Em nota enviada ao jornal O Globo, a entidade se manifestou favorável ao torneio. Confira a íntegra:
Este ano, o número de confrontos entre grandes foi reduzido, o que evitou uma banalização e valorizou os clássicos. Por outro lado, houve menos jogos decisivos (os eliminatórios) e as taças (Guanabara e Rio) ficaram desvalorizadas. Qual avaliação que a Ferj faz do formato?
FERJ: A fórmula se mostrou interessante e, assim, aprovada pelos clubes no Conselho Arbitral. A Taça Guanabara não foi desvalorizada. Ela foi realizada por pontos corridos, fortalecendo a regularidade. A Taça Rio pode até ter sofrido impacto, mas as mudanças foram feitas dentro de um entendimento coletivo.
Para o ano que vem, o formato será mantido ou haverá modificações?
FERJ: Isso será debatido pelos clubes em momento oportuno.
Qual avaliação a entidade faz da exposição obtida pelo campeonato e pelos seus patrocinadores?
FERJ: A Federação entende que a inovação no modelo de negócio da cessão dos direitos de TV gerou grande visibilidade. Atualmente, temos a Record TV na transmissão aberta, o Pay-per-View do Cariocão com as operadoras, as TVs dos clubes, o aplicativo da competição e ainda a plataforma TikTok. Há uma clara percepção do alcance de todos os públicos.
Como foi o desempenho do pay-per-view do Cariocão? Ele será mantido no ano que vem?
FERJ: Os números de todo o Campeonato Carioca estão sendo finalizados. Mas o PPV há sinais de grande alcance.
Por que não haverá premiação por desempenho? As adesões ao pay-per-view não atingiram o mínimo necessário para que haja esse dinheiro? Pelo combinado, de onde ele sairia?
FERJ: O pagamento de prêmios é realizado pela FERJ, mas é retirado do valor global da arrecadação da competição. Este ano, o primeiro do novo modelo de negócio, a expectativa não foi atingida.
Qual foi o impacto das transmissões piratas neste desempenho?
FERJ: Pirataria é crime e, claramente, causa impacto. Conseguimos através de campanhas e parcerias com o Youtube e Facebook impedir várias transmissões piratas. É importante que o torcedor saiba que, neste modelo, em que o clube é sócio do produto, ao assistir à partida num canal pirata o clube do seu coração é prejudicado. Mas, vale ressaltar, há como reforçar o combate com o sinal de transmissão sendo distribuído a todos através de uma central.