Pai diz que PSG ofereceu 25 milhões de euros por Miguel; Abad diz que foi 1 milhão de euros (Foto: Lucas Merçon - FFC)

Em situação litigiosa com o Fluminense, na qual luta na Justiça para se livrar do vínculo, Miguel já poderia ter deixado o clube há mais tempo. Seu pai e agente, José Roberto Lopes afirmou ter recebido ainda em 2019 uma proposta alta do Paris Saint-Germain, da França. Sua versão, no entanto, é bem diferente da do ex-presidente Pedro Abad.

Miguel estreou pelo Tricolor em 2019 antes de assinar o primeiro contrato profissional. Dias antes, por dívidas salariais que chegavam a oito meses (quitado na gestão Mário Bittencourt), Lopes viajou à Europa e se encontrou com o influente empresário Mino Raiola.

 
 
 

Passou três dias por lá, visitando Juventus (ITA) e PSG. Na França, encontrou-se com Antero Henrique e o brasileiro Maxwell, então dirigentes do clube, e recebeu proposta.

— Na prática, o jogador já estava livre, então fui para a Europa e estive por três dias com o Mino Raiola. No PSG, o Mino conseguiu negociar o Miguel por 25 milhões de euros. Liguei para o presidente (Pedro) Abad, que estava em Londres, e ele disse que queria 7 milhões de euros. No dia seguinte, o Mino mandaria o jato para Londres para buscá-lo e assinar contrato. O problema é que Abad ficou internado em Londres com trombose por dois dias. Faltavam três dias para o fim do mandato. Não fechamos. O Mino não poderia vir ao Brasil. O Abad ligou, pediu para fechar com o Fluminense, deu sua palavra. Eu sabia que quem ia entrar era uma pessoa difícil (Mário Bittencourt), mas fechei. O Mino dividiria tudo comigo, mas mesmo com 12,5 milhões de euros no bolso, ficamos no Flu – relatou.

Ex-presidente tricolor, Pedro Abad, no entanto, afirma que valores oferecidos foram bem menores que os relatados pelo pai do meia.

— A proposta que veio do Mino Raiola, com o qual falei a pedido do pai do Miguel, não era condizente com o potencial do atleta. Era de 1 milhão de euros. Ressalto que, uma vez que não havia contrato em vigor, o Fluminense poderia perder o atleta e ser obrigado a brigar por indenização de formação junto à Fifa – contou.