Acontecerá nesta quinta-feira, às 14h, uma audiência no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que poderá condenar os acusados de agredir Pedro Scudi. O torcedor do Fluminense foi agredido com barras de ferro em fevereiro de 2017 por membros de facções do Vasco.
Os acusados irão a júri popular, mas, em virtude da pandemia de coronavírus, a sessão não será aberta.
Presentes estarão os jurados, testemunhas, réus e advogados de cada lado. Impedida de estar presente, Marilene Scudieri, mãe de Pedro, será representada por um advogado e pede por justiça.
— A família quer Justiça. Ele [Pedro Scudi] está em casa, em tratamento, teve que trancar a faculdade. Fala com muita dificuldade. Teve que fazer outra cirurgia em janeiro para colocação de prótese na cabeça. Agora está melhor, mas antes estava muito debilitado. Infelizmente eu e os amigos dele não vão estar presentes por causa da pandemia, mas, se pudéssemos, estaríamos juntos — conta Marilene Scudieri.
Em rede social, a torcida Bravo 52, também reforçou o pedido por justiça.
A denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) diz que membros de uma facção do Vasco tentaram interceptar os carros em que estavam os amigos de Scudi após uma partida entre Fluminense e Portuguesa-RJ, realizada em Xerém. Sem sucesso, viram o torcedor sozinho no ponto de ônibus e o atacarm. Pedro foi agredido por barras de ferro e chegou a ficar em coma induzido. Passou 157 dias internado.Quatro pessoas estão sendo denunciadas por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, impossibilidade de defesa e forma cruel), associação criminosa e promoção de tumulto em eventos esportivos.
Em dezembro de 2019, o ministro Luís Roberto Barroso negou pedido de habeas corpus para um dos acusados. O caso segue aguardando julgamento no TJ-RJ.