“Uh, vem que tem… Os moleques de Xerém”! O tradicional “grito de guerra” no Fluminense faz parte da enorme fama de suas categorias de base, responsáveis por diversos títulos e por revelar grandes jogadores a nível internacional. Mas está liberado para usar “molecas” também, pois Xerém agora é unissex e está por trás do sucesso do futebol feminino sub-18 do Tricolor.
A conquista do Campeonato Brasileiro Sub-18 na temporada 2020/21, vencendo o Internacional nos pênaltis na final – o primeiro título feminino da história do Fluminense – já se tornou o fruto inicial de uma integração que começou no ano passado: unir o futebol masculino e feminino no mesmo espaço e desenvolvê-los de forma igual, sob o mesmo prisma de filosofia e estrutura. E, assim, aumentar a produção da “fábrica de talentos” tricolor com joias mulheres.
– O futebol feminino vem crescendo no Brasil, e aqui no Fluminense tomamos uma decisão importante que foi justamente colocar as meninas para treinar no CT de Xerém. Isso melhorou sem dúvida alguma nosso desempenho nas competições e deu dignidade de trabalho a elas – afirmou o presidente Mário Bittencourt em entrevista ao GE.
O futebol feminino se tornou obrigatório para todos os participantes da Série A do Campeonato Brasileiro desde 2019, e o “Licenciamento de Clubes” da CBF exigia a criação de um time adulto e pelo menos um de base para cada instituição. O Fluminense resolveu ir além e buscou uma parceria com o projeto social “Daminhas da Bola”, em Duque de Caxias, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro e onde fica Xerém, para criar as categorias sub-12, sub-14, sub-16 e sub-18.
As quatro categorias funcionaram no Fluminense no primeiro ano, com treinos em Laranjeiras e no Tigres.